Novas eleições são necessárias na Venezuela, definem países em cúpula no Uruguai

© REUTERS / Marco BelloNicolás Maduro, presidente de Venezuela
Nicolás Maduro, presidente de Venezuela - Sputnik Brasil
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A reunião do Grupo de Contato Internacional (GCI) em Montevidéu, no Uruguai, foi positiva e os participantes concordaram com a necessidade de uma nova eleição presidencial conduzida através de um processo eleitoral confiável, disse o ministro de Relações Exteriores de Portugal, Augusto Santos Silva, à Sputnik nesta quinta-feira.

"Foi um encontro positivo porque reuniu um bom número de países, a maioria da Europa e da América Latina, e concordamos com a necessidade de convocar novas eleições presidenciais por meio de um processo confiável", disse Silva.

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Silva afirmou ainda que o GCI ousa lançar os contatos necessários "com todos os atores relevantes da Venezuela" e também "com os atores internacionais e regionais, a fim de garantir a credibilidade à transparência da nova eleição".

Anteriormente, o governo de Nicolás Maduro já descartou um ultimato lançado por líderes europeus para a realização de novas eleições no país caribenho. Contudo, lideranças respeitadas da esquerda sul-americana, como o ex-presidente uruguaio José ‘Pepe’ Mujica, já defenderam a realização de novas eleições como a melhor saída para a crise venezuelana.

Caracas diz que frustrou golpe planejado por EUA e Colômbia

O ministro de Comunicação e Informação da Venezuela, Jorge Rodriguez, disse nesta quinta-feira que as autoridades foram capazes de frustrar uma tentativa de golpe contra Maduro, orquestrado pela Colômbia e pelos EUA, planejado para ser executado entre últimos dias de janeiro e início de fevereiro.

"Poderes da Colômbia e os EUA apoiaram as ações assassinas e golpistas de [Oswaldo] Garcia Palomo, que tinha atividades intensas em outubro, novembro, dezembro de 2018 e janeiro de 2019 […] ele confessou que tinha três dias para o golpe militar em 27 de Janeiro, ou 31 de janeiro, ou 3 de fevereiro", explicou Rodriguez em uma conferência de imprensa do Palácio de Miraflores.

O coronel Oswaldo Palomo Garcia foi preso em 30 de janeiro após ser acusado pelo governo venezuelano de estar envolvido em uma tentativa de assassinato contra Maduro em 4 de agosto de 2018 em uma cerimônia pública em Caracas ocidental.

Rodriguez apresentou um vídeo em que Garcia Palomo confessa os planos do golpe e fornece detalhes sobre lugares que deveriam atacar em uma das três datas propostas.

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O ministro de Comunicação também disse que a oposição vereador Fernando Albán, que supostamente cometeu suicídio em outubro, saltando de um andar alto na sede do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) onde foi detido, era a ligação entre os autores do ataque contra Maduro.

Rodriguez culpou o líder da oposição Julio Borges de ser o principal autor da tentativa de assassinato em 4 de agosto, quando um drone explodiu perto do estrado onde Maduro fez um discurso durante uma celebração militar.

Um segundo drone caiu em um prédio de apartamentos a duas quadras de onde o presidente estava. Sete membros da Guarda Nacional ficaram feridos, embora o chefe de Estado estivesse ileso. À época, Maduro acusou o ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos e a oposição venezuelana à tentativa de assassinato.

O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia rejeitou a acusação.

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