Itália diverge sobre posição e pode não reconhecer Guaidó na Venezuela

© AP Photo / Amr NabilO ministro italiano das Relações Exteriores, Enzo Moavero, ouve a uma tradução de uma pergunta durante coletiva de imprensa após encontro com o chanceler egípcio, Sameh Shourkry, no Palácio de Tahir, em Cairo, Egito, em 5 de agosto de 2018.
O ministro italiano das Relações Exteriores, Enzo Moavero, ouve a uma tradução de uma pergunta durante coletiva de imprensa após encontro com o chanceler egípcio, Sameh Shourkry, no Palácio de Tahir, em Cairo, Egito, em 5 de agosto de 2018. - Sputnik Brasil
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O vice-ministro das Relações Exteriores da Itália, Manlio Stefano, disse que a Itália não reconhecerá o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela. A visão, porém, diverge da de outros colegas dentro da Chancelaria do país.

Em 23 de janeiro, Juan Guaidó se autoproclamou o presidente interino da Venezuela e recebeu imediato apoio de países como os Estados Unidos, o Chile e a Argentina.

Na Europa, França, Alemanha, Holanda e Espanha deram um prazo de oito dias, desde 26 de janeiro, para que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocasse novas eleições. Caso contrário, afirmaram que vão reconhecer a presidência interina de Guaidó.

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Maduro acusa Guaidó de agir através de instruções dos Estados Unidos, e afirmou que Washington está arquitetando um golpe ao lado do autoproclamado presidente interino.

Nesta quinta-feira (31), uma declaração Manlio Stefano colocou em dúvida a posição da Itália em relação à questão.

"A Itália não reconhece Guaidó porque nos opomos absolutamente ao fato de que um país ou um grupo de países terceiros possam determinar a política interna de outro país. Isso se chama princípio da não interferência e foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas", Di Stefano em entrevista à emissora de televisão italiana Tv2000, nesta quinta-feira (31).

Di Stefano também enfatizou a importância de evitar a eclosão de um conflito militar similar à guerra da Líbia na Venezuela.

Ao mesmo tempo, outro vice-chanceler italiano, Gugliemo Pichi, disse em sua conta no Twitter que seu partido, o Lega, que está na situação, acredita que a presidência de Maduro estaria chegando ao fim e pediu a realização de uma nova eleição presidencial no país com a participação de observadores independentes.

​A mesma visão foi expressa pelo chanceler italiano, Enzo Moavero Milanesi, que disse, na quarta-feira (30), que compartilha da visão da União Europeia sobre a crise venezuelana e que apoia a realização de novas eleições no país.

Em maio de 2018, Maduro foi reeleito presidente da Venezuela. Sua cerimônia de posse foi realizada em 10 de janeiro deste ano. No entanto, a União Europeia e seus estados membros não participaram da celebração e criticaram a legitimidade dos resultados da eleição presidencial.

Maduro tem sido apoiado como único presidente legítimo da Venezuela por países como a China, a Rússia, o México e o Uruguai.

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