Brett McGurk, o ex-enviado especial do presidente Donald Trump para a Coalizão Global contra o Daesh, disse durante o programa "Face the Nation", da emissora CBS, que não há um plano de retirada concreto.
"Acredite em mim, não há planos para o que virá em seguida. No momento, não temos um plano", disse ele.
"[Isso] aumenta a vulnerabilidade da nossa força, aumenta o risco em terra na Síria", acrescentou ele, sugerindo que o presidente dos EUA, Donald Trump, foi contra o conselho esmagador de sua equipe de segurança nacional ao tomar sua decisão.
McGurk, que apresentou sua renúncia pouco depois do presidente Trump anunciar a retirada soldados norte-americanos da Síria, argumentou que a ausência de forças americanas criaria um vazio na liderança e levaria a aberturas para o Daesh se recuperar. Ele rejeitou a ideia de que a Turquia seria capaz de substituir o papel dos EUA.
"É preciso liderança americana e é preciso presença americana, e acabamos de dizer ao mundo que não vamos mais estar presentes", disse ele.
O vice-presidente Mike Pence, durante o mesmo programa, afirmou que Daesh "foi derrotado". O Conselheiro de Segurança Nacional John Bolton, no início deste mês, indicou que os EUA não sairiam do país sem a derrota total de Daesh e com garantias da Turquia de que esta não vai atacar os combatentes curdos apoiados pelos EUA na Síria. O secretário de Estado, Mike Pompeo, também disse que os EUA continuam na região com a mesma missão que sempre tiveram e que a retirada das tropas é uma "mudança tática".