Quem tem medo do Brexit?: Famílias britânicas gastam menos temendo recessão

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Famílias britânicas estão contendo gastos apesar do sólido mercado de trabalho e dos ganhos salariais. Com a incerteza econômica relacionada ao Brexit, a confiança do consumidor parece ter sido abalada.

O mercado imobiliário do Reino também se prepara para uma possível liquidação no caso de um "Brexit duro", após vários meses de queda nos preços da habitação.

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De acordo com o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS), os gastos domésticos do Reino Unido caíram 0,9% no mês de dezembro. Consumidores restringindo as compras imediatamente após a temporada de vendas da Black Friday em novembro.

Analistas dizem que a tendência de queda provavelmente se estendeu até janeiro e pode prejudicar a taxa de crescimento do PIB para o primeiro trimestre de 2019. A maioria dos setores relacionados ao consumo, com uma notável exceção de alimentos e gasolina, registrou prejuízos em dezembro. ONS disse.

Separadamente, o Consórcio de Varejo Britânico disse que as compras de Natal no passado foram as mais lentas para os varejistas desde a crise de 2008.

Especialistas dizem que isso não é necessariamente um resultado desastroso, já que os preços altíssimos da moradia, impulsionados pela esmagadora demanda externa, têm dificultado a qualidade de vida dos britânicos comuns durante anos, particularmente em Londres.

O sólido mercado de trabalho e o aumento dos salários, somados a uma queda projetada no valor da habitação, poderiam resolver parte da crise de acessibilidade, mas o setor imobiliário poderia sofrer um grande golpe e perder milhares de empregos em todo o país.

"Não é uma surpresa, com a contínua incerteza sobre o caminho para o Brexit, [que o tema] domie a agenda de notícias", disse Simon Rubinsohn, da Rics.

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Enquanto isso, até as redes de supermercados britânicas, incluindo a Morrisons e a Sainsbury's, registraram vendas fracas em dezembro. No entanto, a Tesco superou as expectativas devido a seus baixos preços e uma ampla seleção de produtos, enquanto a demanda do consumidor na Next subiu no final do mês.

Com o acordo negociado com Bruxelas rejeitado fortemente no Parlamento, o gabinete da primeira-ministra Theresa May descartou a possibilidade de um segundo referendo para rever a siuação do Brexit, dizendo que os resultados da votação de junho de 2016 são irreversíveis e  reafirmando o compromisso do governo de sair da UE em 29 de março.

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