EUA se preparam para desafiar Rússia e China nas águas geladas do Ártico, relata mídia

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Quebra-gelo russo Andrei Vilkitsky no rio Neva em São Petersburgo, Rússia - Sputnik Brasil
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A Marinha dos EUA tem a intenção de competir com a Rússia e a China pela influência na região ártica devido à aparição de novas rotas comerciais, além de planejar restaurar uma base naval nas ilhas Aleutas, não longe da costa russa, comunica The Wall Street Journal.

O secretário da Marinha dos EUA, Richard Spencer, disse à mídia que nos próximos meses está prevista a passagem de um navio americano pelas águas do Ártico, como parte da chamada operação para garantir a liberdade de navegação. Além disso, a Marinha enviará recursos militares para a ilha Adak (Alasca), uma das ilhas Aleutas, onde existia uma base militar americana entre os anos de 1942 e 1997.

Prevê-se que o novo destacamento a ser deslocado para a ilha incluirá navios de superfície e aviões de reconhecimento P-8 Poseidon.

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"Este é um excelente objeto marinho, podemos enviar navios de superfície para lá? Sim, [podemos]", disse Spencer, adicionando que o desenvolvimento de novas operações no Ártico ainda se encontra em suas primeiras etapas.

Segundo o jornal, os EUA e seus aliados utilizam os exercícios navais para garantir a liberdade de navegação por todo o mundo, principalmente nas áreas disputadas, como por exemplo, no mar do sul da China, onde Washington realizou dezenas de manobras para lidar com as reivindicações regionais chinesas.

Quanto à Rússia, o país tem desenvolvido seu potencial para atuar na região do Ártico por um longo tempo. Já a China, que se declarou "Estado quase ártico", publicou uma doutrina para atuar na região, buscando criar uma "Rota da Seda Polar" para que sua frota navegue livremente pela área.

Segundo algumas fontes, é provável que agora a Marinha americana enfrente problemas para implementar seus planos, pois a expansão das operações militares ao extremo norte requer coordenação com a Guarda Costeira — a única que dispõe de um quebra-gelos, enquanto a Rússia possui várias dezenas desses navios e a China está construindo toda uma frota dessas embarcações.

De acordo com Spencer, as Forças Armadas americanas também estão preparando emendas na doutrina oficial de operações no Ártico, que resultarão em uma mudança significativa nos combates de superfície.

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Recentemente, a Marinha dos EUA tomou algumas medidas para aumentar sua presença no Ártico, incluindo o restabelecimento em agosto de 2018 da Segunda Frota, destinada a operar no Atlântico Norte, além dos esforços na preparação de marinheiros para operar em temperaturas extremamente frias. Tais exercícios são necessários para compreender melhor se o Exército dos EUA será capaz de operar efetivamente em condições de clima ártico.

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