Corbyn defende eleições gerais para superar impasse do Brexit

© REUTERS / Peter NichollsJeremy Corbyn.
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O principal líder da oposição britânica, Jeremy Corbyn, pediu a realização de uma eleição geral para resolver o atual impasse no Parlamento sobre Brexit, argumentando que renegociaria o acordo com a União Europeia caso seja eleito.

"Se o governo não pode aprovar sua legislação mais importante, então deve haver uma eleição geral na primeira oportunidade", disse ele, falando em uma fábrica no norte da Inglaterra. "Para quebrar o impasse, uma eleição não é apenas a opção mais prática, é também a opção mais democrática. Isso daria ao partido vencedor um novo mandato para negociar um acordo melhor para a Grã-Bretanha e garantir apoio a ele no Parlamento e em todo o país", disse ele.

A União Europeia descartou qualquer renegociação do acordo.

O líder trabalhista disse que buscará um voto de desconfiança no governo se o Parlamento, como esperado, reprovar o acordo que a primeira-ministra Theresa May negociou com os líderes da União Europeia.

Se May perder uma moção de não-confiança, haverá um período de 14 dias em que os partidos podem procurar encontrar uma maioria alternativa no Parlamento. Caso não haja um acordo para uma nova maioria, uma eleição geral então seria convocada. 

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O Partido Trabalhista, de Corbyn, disse que só vai pressionar por um segundo referendo sobre o Brexit caso falhe em conseguir uma nova eleição geral. 

"Vamos manter todas as opções na mesa, incluindo a opção de fazer campanha para uma votação pública", disse Corbyn.

Wakefield registrou uma votação de 66% a favor de deixar a UE no referendo de 2016, mas seus dois parlamentares trabalhistas locais, Mary Creagh e Yvette Cooper, apoiam um segundo referendo que poderia permitir que a Grã-Bretanha permanecesse no bloco.

Em seu discurso, Corbyn disse que os trabalhistas procurariam curar as divisões do Brexit se ele chegasse ao poder, argumentando que o problema central era um "sistema falho montado contra muitos para proteger os interesses de poucos".

"A verdadeira solução é transformar a Grã-Bretanha para trabalhar nos interesses da grande maioria, desafiando o poder arraigado de uma elite privilegiada. É assim que podemos ajudar a curar as profundas divisões do referendo", disse ele.

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