Terroristas de extrema-direita matam mais nos EUA do que jihadistas, diz estudo

© REUTERS / Alejandro Alvarez/News2ShareNacionalistas brancos carregam tochas na Universidade da Virgínia, às vésperas do evento Unite The Right em Charlottesville, Virgínia, EUA.
Nacionalistas brancos carregam tochas na Universidade da Virgínia, às vésperas do evento Unite The Right em Charlottesville, Virgínia, EUA. - Sputnik Brasil
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Grupos de extrema-direita terroristas dos Estados Unidos, como os neonazistas e os supremacistas brancos, são mais perigosos do que militantes islâmicos, segundo pesquisa do Centro Soufan divulgada nesta quarta-feira (9).

Segundo o relatório, em 2018 grupos de extrema-direita mataram 15 pessoas nos EUA, enquanto ataques de jihadistas deixaram uma pessoa morta.

"Nos Estados Unidos, 2018 viu apenas uma morte como resultado de terrorismo ligado ao jihadismo, enquanto que terroristas de direita mataram 15 norte-americanos no mesmo ano", afirma a pesquisa.

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"Certamente, apesar de focar quase exclusivamente na ameaça apresentada por grupos terroristas inspirados pela ideologia 'bin-ladista', os EUA agora despertam para uma ameaça que esteve sob a superfície esse tempo todo — a ideologia de extrema-direita que abrange uma diversidade de grupos, incluido a Ku Klux Klan, grupos neonazistas e os assim chamados nacionalistas brancos", destrincha o texto.

Já na Europa, a questão se apresenta de forma oposta. Isso baseando-se em números disponíveis sobre ataques terroristas compilados pelo Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais, com dados de 2017.

Em 2017, a Europa sofreu o maior número de ataques terrorista ligados à ideologia jihadista em toda a história moderna.

"O número de ataques terroristas realizados, mal sucedidos e impedidos de extremistas islâmicos na Europa, cresceu 725% entre 2007 e 2017", afirma o relatório.

"Apenas na França, mais de 20 mil pessoas estão na assim chamada 'Lista S', que se refere a indivíduos supostamente vulneráveis à radicalização", expõe a publicação.

Apesar de os dados comparados serem de dois anos diferentes, as linhas gerais de tendência continuam sugerindo que a ameaça do terrorismo na Europa é qualitativamente diferente na ameaça nos EUA, afirma o estudo.

O relatório conclui que os EUA têm sido lentos ao reconhecer ou deliberadamente minimizam o crescimento da ameaça apresentada por terroristas não jihadistas, com uma resposta que até agora pode ser criticada como embaraçosa e inadequada.

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