China estaria se preparando para guerra contra EUA?

© REUTERS / China DailySoldados do Exército Popular de Libertação da China (PLA) na parada militar comemorativa do 90º aniversário do exército chinês, julho de 2017
Soldados do Exército Popular de Libertação da China (PLA) na parada militar comemorativa do 90º aniversário do exército chinês, julho de 2017 - Sputnik Brasil
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As fontes de máxima tensão nas relações entre Pequim e Washington são a questão sobre a livre navegação no mar do Sul da China e o status da ilha de Taiwan. Estas são as duas principais razões que poderiam iniciar um confronto armado entre China e EUA, de acordo com especialistas.

O presidente chinês, Xi Jinping, ordenou que as Forças Armadas do país acelerassem seu treinamento e se preparassem para uma possível guerra, informou a edição South China Morning Post.

"Todas as unidades militares devem compreender corretamente as principais tendências nacionais de segurança e desenvolvimento, e fortalecer seu senso de dificuldades, crises e batalhas inesperadas", afirmou o líder do país durante reunião com a administração da Comissão Militar Central chinesa.

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"A preparação para a guerra e para o combate deve ser mais profunda para garantir uma resposta eficaz em tempos de emergência", acrescentou.

O presidente explicou que atualmente o mundo vive um período de grandes mudanças, enquanto a China dispõe de grandes possibilidades para o desenvolvimento estratégico.

Xi Jinping procura aumentar a capacidade defensiva do Exército chinês desde o início de seu mandado em 2012. A edição destaca que em 2019, o líder chinês planeja intensificar as atividades nesta direção.

Anteriormente, o jornal militar chinês alertou também as tropas para se preparar para guerra

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As principais áreas de possíveis conflitos são o mar do Sul da China e Taiwan, que o gigante asiático considera como sua província rebelde, que deveria se reincorporar à Pequim.

Os Estados Unidos representam um opositor para Pequim em ambas as áreas. Washington insiste na livre navegação nas águas do mar do Sul da China, o que implicaria a possibilidade de exercer missões de patrulhamento na área.

Além disso, os EUA expressam seu apoio a Taiwan e se opõem às reivindicações territoriais de Pequim. Na ilha não há embaixada dos EUA, no entanto, o Instituto Americano em Taiwan (AIT), de fato, exerce funções de embaixada.

Em outubro de 2018, dois navios da Marinha dos EUA cruzaram o estreito de Taiwan, causando preocupações à China.

Ao mesmo tempo, o diretor do AIT, William Brent Christensen, apontou que qualquer tentativa de determinar o futuro de Taiwan com meios não pacíficos representa uma ameaça à segurança regional e advertiu que os EUA não permitirão que isso aconteça.

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Por sua vez, o coronel aposentado do Exército Popular de Libertação da China, Yue Gang, sugeriu que os EUA não fazem nada mais do que buscar medidas de pressão sobre Pequim no contexto da guerra comercial sino-americana.

"Durante o próximo ano, os EUA poderão usar Taiwan e o mar do sul da China como moeda de barganha para conseguir o que querem da China no que diz respeito à guerra comercial", indicou ele.

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