'Rússia tem última chance': OTAN exige cumprimento do Tratado INF

© REUTERS / Ints KalninsAs forças da OTAN na Letônia
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A Aliança Atlântica irá tomar as medidas necessárias se a Rússia não retornar ao Tratado INF até ao fim do prazo, declarou o secretário-geral do bloco militar, Jens Stoltenberg.

Vale a pena destacar que a OTAN havia estabelecido um ultimato de 60 dias em dezembro em respeito a esse assunto.

"O importante é que agora a Rússia tem uma última chance, se não retornar aos termos do tratado, teremos um grande problema", afirmou Stoltenberg em entrevista à agência alemã DPA.

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O secretário-geral acredita que, para restaurar o equilíbrio estratégico, a OTAN tem muitas maneiras de responder à cessação do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF). No entanto, ele se recusou a especificar os detalhes para não agravar a situação.

"Não vamos exagerar, mas isso terá que ser feito, e nossa prioridade é levar a Rússia ao cumprimento do tratado", disse o secretário-geral.

Além disso, o chefe do bloco evitou responder se a OTAN pode controlar a implantação de mísseis nucleares americanos na Europa sob acordos bilaterais. Stoltenberg disse que recebeu com satisfação a decisão dos ministros das Relações Exteriores dos países da Aliança, que em dezembro acordaram a necessidade de resolver isso dentro da organização.

Ao mesmo tempo, ele indicou que os novos mísseis 9M729, ou SSC-8 russos, já estão instalados na Europa e que são capazes de portar uma ogiva nuclear que viola o Tratado INF.

As acusações dos EUA de alegadas violações pela Rússia do Tratado INF são infundadas, uma vez que o míssil 9M729 não viola os postulados do acordo, sublinhou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

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Os EUA estão acusando a Rússia de construir mísseis proibidos pelo Tratado INF, enquanto Moscou diz que os sistemas americanos de defesa antimísseis já instalados na Europa Oriental podem ser facilmente convertidos em lançadores de mísseis balísticos ofensivos.

Em outubro, os EUA anunciaram que desistiriam do tratado, a menos que a Rússia suspendesse as supostas violações e, em dezembro, deram à Rússia um prazo de 60 dias para cumprir o acordo. De acordo com o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, Moscou foi imediatamente informada de que a decisão era definitiva e não uma tentativa de iniciar o diálogo.

A Rússia alertou que tem que responder se os mísseis americanos estão estacionados na Europa, fazendo com que esses locais sejam alvos potenciais.

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