Militar americano chama retirada das tropas dos EUA de 'passo astuto'

© REUTERS / Rodi SaidAs forças dos EUA na sede da Unidade de Proteção do Povo Curdo (YPG) perto de Malikiya, na Síria, em 25 de abril de 2017.
As forças dos EUA na sede da Unidade de Proteção do Povo Curdo (YPG) perto de Malikiya, na Síria, em 25 de abril de 2017. - Sputnik Brasil
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A retirada das tropas norte-americanas da Síria é um "passo astuto" para que a Rússia alegadamente brigue com seus aliados nesta região, declarou o aposentado coronel do Exército dos EUA, Douglas MacGregor, em entrevista ao canal Fox News.

Segundo MacGregor, a Rússia há muito mantém relações com a Turquia, o Irã e os rebeldes sírios, e a retirada das tropas dos EUA a obrigará a fazer uma escolha entre esses países.

"Temos que sair do norte da Síria o mais rápido possível, porque há dezenas de milhares de soldados turcos prontos para atacar os curdos – terroristas que atacaram a Turquia nesta região. Obrigamos o governo sírio a entrar nesta região e agora nos retiramos. A Rússia deverá fazer uma escolha. Se ela permitir a entrada da Turquia na Síria, perderá influência sobre sírios e iranianos", opinou o militar.

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O coronel também acrescentou que, ao retirar as tropas da Síria, os EUA "eliminaram o fator que une vários aliados".

"Não há razão para a cooperação entre russos, turcos e iranianos, e isso é bom", disse.

Em 19 de dezembro, Donald Trump declarou a vitória dos EUA contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países) na Síria, destacando que o grupo terrorista era o único motivo pelo qual as tropas americanas se encontravam no país árabe. Posteriormente, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que os Estados Unidos iniciaram a retirada das forças da Síria, observando que isso não significaria "o fim da luta da coalizão internacional liderada pelos EUA contra o Daesh". 

Desde 2014, os EUA e seus aliados têm realizado uma operação contra o Daesh no Iraque e na Síria. Os norte-americanos operam sem a permissão das autoridades sírias que consideram essas ações como ocupação. Havia cerca de dois mil militares dos EUA no país que, junto com as Forças Democráticas da Síria, controlavam territórios no leste e no nordeste, ricos em recursos naturais.

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