Marcha das Mulheres é cancelada na Califórnia por temores de ser 'esmagadoramente branca'

© AP Photo / Natacha PisarenkoUma mulher usa uma mensagem no peito que diz em espanhol: "A revolução será feminista".
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Organizadores da Marcha das Mulheres que aconteceria no norte da Califórnia no mês que vem cancelaram o evento por preocupações de que os participantes teriam sido "esmagadoramente brancos".

Os organizadores de uma passeata em Eureka, localizada 270 quilômetros ao norte de São Francisco, disseram que a decisão “foi tomada após muitas conversas entre os organizadores locais  e os defensores da marcha”, observando que “até o momento, os participantes eram  esmagadoramente brancos e não representavam as várias perspectivas em nossa comunidade”, de acordo com um comunicado à imprensa, citado pela Fox News.

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A manifestação teria comemorado o terceiro aniversário da Marcha das Mulheres original, realizada em 21 de janeiro de 2017, um dia depois da posse do presidente Donald Trump. O evento havia sido planejado inicialmente para 19 de janeiro. No entanto, os organizadores disseram que estavam explorando a possibilidade de mudar a manifestação para março para celebrar o Dia Internacional da Mulher.

A Marcha das Mulheres tem sido repetidamente criticada por desconsiderar ou negligenciar mulheres negras e latinas, de acordo com o New York Times. O movimento esteve envolvido em um recente escândalo quando uma ativista judia teria sido menosprezada pela fé que professava.

A liderança nacional da Marcha das Mulheres enfrentou outras acusações de anti-semitismo por causa dos laços com o líder da organização "Nation of Islam", Louis Farrakhan, que durante um discurso em fevereiro elogiando Tamika Mallory, da Marcha das Mulheres, declarou que “os judeus poderosos são meus inimigos”. A liderança da Marcha das Mulheres teria sido lenta na decisão de condenar os comentários.

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No início deste mês, os organizadores também cancelaram outra marcha em Chicago, citando os altos custos e as horas de trabalho voluntário limitadas como razões para a suspensão, informou o Chicago Tribune.

"Não há marcha, não há manifestação", disse Sara Kurensky, membro do conselho feminino da Marcha em Chicago. "Vamos fornecer maneiras para as pessoas se organizarem e agirem em suas comunidades locais".

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