Iraque sugere maior papel na Síria após a retirada dos EUA

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Militantes do Daesh na fronteira entre Iraque e Síria - Sputnik Brasil
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O primeiro-ministro iraquiano disse neste domingo que as principais autoridades de segurança de Bagdá se encontraram com o presidente sírio, Bashar Assad, em Damasco, e insinuaram um maior papel dos iraquianos combatendo militantes do Daesh quando as tropas dos EUA se retirarem da Síria.

"Esta questão tem muitas complicações", afirmou Adel Abdul Madhi a repórteres, referindo-se ao anúncio surpresa do presidente dos EUA, Donald Trump, neste mês de que retirará as tropas americanas do país vizinho ao Iraque.

"Se algum acontecimento negativo ocorrer na Síria, isso nos afetará. Temos uma fronteira de 600 quilômetros com a Síria e o Daesh está lá", explicou Abdul Mahdi.

O primeiro-ministro disse que a delegação iraquiana havia visitado Damasco para "ganhar a iniciativa, não apenas lidar com as consequências" de qualquer futura atividade do Daesh encorajada pela retirada dos EUA. Sites de notícias iraquianos comentaram que a visita aconteceu no sábado.

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Abdul Mahdi destacou que o Iraque buscou ir além de seu atual acordo com a Síria — sob o qual lança ataques aéreos contra militantes do Daesh em território sírio — mas não entrou em mais detalhes.

"Há grupos operando na Síria, e o Iraque é a melhor maneira de lidar com isso", revelou, respondendo a uma pergunta sobre a possibilidade de um maior envolvimento das forças iraquianas na Síria.

Grupos paramilitares muçulmanos xiitas iraquianos apoiados pelo Irã já operam dentro do território sírio contra os militantes sunitas do Daesh.

Abdul Mahdi disse anteriormente que cerca de 2.000 combatentes do Daesh estão operando perto da fronteira na Síria e tentando entrar no Iraque.

O Daesh foi derrotado militarmente no Iraque em 2017, mas continuou a lançar ataques ao estilo de guerrilha contra as forças de segurança no norte do país.

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