Ex-chanceler alemão explica verdadeira razão por que EUA criticam o Nord Stream 2

© Sputnik / Aksel ShmidtNord Stream 2, em construção no Mar Báltico.
Nord Stream 2, em construção no Mar Báltico. - Sputnik Brasil
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O ex-chanceler da Alemanha Gerhard Schroeder disse no sábado que os EUA têm seus próprios interesses na Europa, o que explica a pressão que Washington exerce sobre o projeto do gasoduto Nord Stream 2.

No entanto, a Alemanha deve decidir por si própria com quem deseja fazer negócios.

"Eles [os EUA] fazem isso não por amor à Ucrânia, mas porque eles próprios querem enviar gás para a Alemanha. O gás liquefeito [GNL] é mais caro e tem menor qualidade do que o fornecido por gasoduto", disse o político social-democrata em uma entrevista para o jornal Welt am Sonntag.

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Segundo Schroeder, Berlin não deve permitir que Washington determine com quem pode ou não negociar.

"O Irã, a China, a Rússia — se continuarmos assim, em breve não poderemos ter relações econômicas com ninguém", disse ele.

"Para um país dependente da exportação como o Alemanha, isso é inaceitável. Apesar de todo o nosso respeito e amizade, temos que dizer isso aos americanos", acrescentou ele.

Ele sublinhou que não é um político anti-EUA, mas durante seu tempo como chanceler, sua política externa visava assegurar uma certa independência dos Estados Unidos.

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O projeto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) envolve a construção de dois gasodutos de gás da Rússia para a Alemanha, com capacidade total de 55 bilhões de metros cúbicos de gás natural por ano. O gasoduto, com um troço submarino através do mar Báltico, está orçado em cerca de 9,5 bilhões de euros (cerca de R$ 42,5 bilhões). Espera-se que seja lançado antes do final de 2019.

A Ucrânia, por onde passa um dos principais gasodutos internacionais da Rússia para a Europa, e que se beneficia significativamente das taxas de trânsito de gás, se opôs repetidamente à construção do Nord Stream 2, dizendo que isso ameaçará sua segurança energética.

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