Cientistas finalmente revelam enigma do Yeti, o Abominável Homem das Neves

© Fotolia / BestgreenscreenIeti, o Abominável Homem das Neves (imagem ilustrativa)
Ieti, o Abominável Homem das Neves (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil
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Durante décadas, entusiastas vêm tentando provar através de fotos, vídeos e evidências que o Abominável Homem das Neves existe. Entretanto, cientistas analisaram as amostras de evidências e descobriram o que elas realmente são.

Em 2003, na ilha indonésia de Flores, descobriram os restos mortais de um homem antigo de uma espécie desconhecida — o Homo floresiensis. O crânio dos povos da ilha, que foram apelidados de hobbits, comparado com o de uma pessoa moderna, era três vezes menor e eles possuíam uma estatura média de um metro.

O editor-chefe da revista Nature, Henry Gee, chegou a escrever que a descoberta desse povo, que vivia ainda há 50 mil anos, pode apoiar a hipótese da existência do Homem das Neves.

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O Yeti, ou Abominável Homem das Neves, é uma suposta espécie antiga de hominídeo que habitava (e talvez ainda habite) as montanhas da Ásia Central, a América do Norte e o Cáucaso. Acredita-se que seja semelhante ao gigantopithecus, o maior primata que viveu na Ásia há nove milhões de anos.

No início da década de 50, a lenda sobre o Yeti começou a se espalhar devido a testemunhas que alegaram ter visto a misteriosa criatura nas montanhas do Himalaia. Desde então, várias expedições científicas foram realizadas, mas nenhum cientista jamais viu o Homem das Neves, enquanto os restos de indivíduos fornecidos por entusiastas levantavam dúvidas.

Em 2014, uma equipe internacional de cientistas decidiu esclarecer a questão e realizou a análise de DNA de trinta diferentes amostras de pelos que supostamente pertenciam à criatura. Desvendou-se que, entre os animais identificados, havia cachorros, antílopes e ursos, de regiões distintas. Duas amostras recolhidas no Himalaia coincidiram geneticamente com o DNA extraído do osso de um fóssil de urso polar do arquipélago de Spitsbergen (região ao norte da Noruega). No entanto, as amostras estudadas indicavam, em todos os indícios, que a criatura morreu há menos de cinquenta anos.

O enigma foi explicado pelos pesquisadores da seguinte forma: os antigos ursos polares e seus parentes marrons podiam cruzar entre si, e alguns de seus descendentes que vivem hoje no Himalaia possuem um pedaço do genoma do seu ancestral polar.

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Cientistas sugeriram que o DNA do pelo pode estar danificado, o que geralmente acontece com amostras antigas. Também não se exclui que a amostra possa pertencer a animais de quatro patas e não a um macaco humanoide.

Em 2017, um grupo de biólogos examinou novamente várias dezenas de amostras de pele, pelos, ossos e fezes, que supostamente pertenceram a um Homem das Neves, e compararam com amostras de ursos do Himalaia. Desta vez, foi realizada uma análise do DNA mitocondrial, que é transmitido para a prole ao longo da linha materna.

Comparando o DNA, os pesquisadores descobriram que, com exceção de um dos ossos que pertencia a um cachorro, todos os outros pertencem a ursos que vivem nas montanhas do Himalaia.

Dessa forma, o mistério do Abominável Homem das Neves foi finalmente revelado e, devido às análises, foi possível desvendar outra questão — o pedigree dos ursos pardos (Ursus arctos). Descobriu-se que a espécie tibetana (Ursus arctos pruinosus) se separou de seus parentes há cerca de 340 mil anos, enquanto a euroasiática e a americana — há 140 mil anos.

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