27 anos depois: Número recorde de russos gostaria da volta da União Soviética

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O número de russos que querem a volta da União Soviética chegou a 66% em 2018, estabelecendo um recorde de 15 anos, revelou uma pesquisa recente.

É um aumento de 8% em relação ao ano passado, quando 58% dos entrevistados disseram "sim" à pergunta se lamentaram a queda da URSS, disse a pesquisa do Instituto Levada-Center.

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Os números nunca excederam 65% desde 2004, enquanto o recorde absoluto foi estabelecido em 2000, quando 75% deram uma resposta afirmativa. O Levada-Center começou a fazer essa pergunta à população em 1992, um ano após a URSS ter se desintegrado.

A maioria dos nostálgicos da União Soviética era composta de pessoas com mais de 55 anos. No entanto, nos últimos anos esse humor também vem crescendo entre pessoas com idade entre 18 e 24 anos, disse o instituto.

Um total de 60% dos entrevistados também expressou a crença de que o colapso da URSS poderia ter sido evitado.

O número das pessoas que sentem grande falta da União Soviética devido à destruição do sistema econômico conjunto de suas 15 repúblicas atinge os 52%; outros dados dizem respeito à perda do senso de pertencer a uma grande potência (36%); e o crescimento da desconfiança e inimizade entre ex-compatriotas (31%).

O aumento no número de pessoas nostálgicas com a URSS foi desencadeado pela reforma previdenciária deste ano, que aumentou a idade de aposentadoria em cinco anos, avaliou Karina Pipiya, pesquisadora do Levada-Center.

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"As pessoas geralmente explicam sua nostalgia pela União Soviética com percepções principalmente irracionais sobre a economia e a prosperidade fortes durante esse período, esquecendo completamente a falta de bens essenciais e o sistema de vale-refeição", ponderou.

"A atitude romântica em relação a tudo o que é soviético e falta de conhecimento histórico" entre as gerações mais jovens pode levar a consequências perigosas, incluindo "reabilitação do expurgo de Stalin, reescrevendo a história e completa desvalorização das reformas democráticas", alertou Pipiya.

Foram ouvidas pela pesquisa 1600 pessoas de 136 cidades e aldeias da Rússia, que foi realizada pelo Levada-Center entre 22 e 28 de novembro.

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