'Prosperidade dos EUA está em risco': economista comenta relatório de Moody’s

© REUTERS / Mike Segar/FilesAgência de classificação de risco de crédito Moody's
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A agência de classificação de risco de crédito Moody's prevê um colapso do poderio econômico dos EUA. Os norte-americanos percebem bem que para manterem as suas posições eles devem usar a "linguagem da pressão", comentou o economista Aleksei Zubets.

A diminuição dos impostos e a desaceleração da economia podem minar o poderio econômico dos EUA na próxima década, indica o relatório da Moody's. Espera-se que o crescimento econômico diminua de 4,2%, indicador no segundo trimestre de 2018, para 2,9% nos restantes trimestres do ano e, posteriormente, para 0,9%.

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Moody’s prevê colapso do poderio econômico dos EUA
Até 2028, o déficit orçamental deverá crescer até 8%, comunicou o portal Yahoo! Finance.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o economista e professor universitário russo, Aleksei Zubets, comentou os resultados do relatório.

"O fato de que os EUA estão muito doentes há muito tempo não é segredo. As consequências da crise de 2008 não foram superadas até hoje, todas as contradições estruturais de que sofrem os EUA continuam existindo. Há mais problemas: o problema da dívida externa gigantesca, da dívida interna, o problema do endividamento das famílias, os países emergentes que interceptam os mercados dos americanos, aqueles em que eles gostariam de trabalhar", disse ele.

Os próprios norte-americanos percebem isso muito bem, e para manterem as suas posições eles usam a "linguagem da pressão", assinalou Zubets.

"Por enquanto apenas a da pressão econômica sobre seus concorrentes: a Europa, China e Rússia, mas para o futuro eles estão estudando as versões de força para reforçar suas posições. Ou seja, eles entendem que no campo econômico não conseguem superar os países que hoje apertam os EUA e tentam empurrá-los para fora do lugar de liderança", destacou.

Segundo o economista, Donald Trump realizou abertamente uma política de transição para um rumo de força na confrontação com os seus concorrentes comerciais. Se antes apenas os loucos falavam de uma possível confrontação de forças entre os EUA e a China, hoje essa ideia está entrando na corrente dominante, concluiu.

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