Mudança no balanço militar é inevitável? Este é o armamento de Pequim que fica 'na sombra'

© AP Photo / Fan Yishu/XinhuaСaças chineses patrulhando mar do Sul da China (imagem referencial)
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Alguns especialistas alertam que Pequim está preparando novo armamento que poderia ter um papel-chave em uma possível guerra no mar do Sul da China, informa National Interest.

Lyle Goldstein, autor do artigo, indica que o míssil balístico antinavio DF-26, o programa do caça J-20 e os novos porta-aviões do país não são as únicas coisas que podem influir no resultado de um conflito militar no mar do Sul da China. Há aspetos menos vistosos que também poderiam ter um grande impacto no equilíbrio estratégico.

O domínio submarino é um ponto fundamental na rivalidade entre os EUA e a China no Pacífico Ocidental, explica Goldstein. Neste contexto, é necessário destacar uma nova unidade operacional da Marinha chinesa que vai usar o GX-6, uma aeronave de patrulha marítima de longo alcance, otimizado para a guerra antissubmarina.

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Uma característica óbvia e única desta aeronave é a grande protuberância montada por baixo do nariz, logo abaixo do cockpit, que é descrito como um radar de busca de 360 graus projetado para detectar mastros de snorkel, periscópios ou boias de submarinos.

O colunista da National Interest considera que a combinação da aeronave GX-6 com outras capacidades antissubmarino da China fará com que os navios submersíveis dos EUA encontrem "um rival melhor equipado no Pacífico Ocidental".

"Os submarinistas americanos podem ter se acostumado na última década a operar com um alto grau de liberdade, quase sem oposição, mas essa situação está agora mudando rapidamente", escreveu Goldstein.

National Interest cita um artigo chinês e declara que o GX-6 será bastante apropriado para uso nas áreas marítimas do leste e do sul da China, assim como "pode fornecer escolta e alerta precoce para as forças navais que se desdobram para exercícios no Pacífico ocidental".

A possibilidade de basear-se no Mar do Sul da China é mencionada de forma bastante explícita, e a análise observa que isso permitiria que a Marinha da China rastreasse submarinos estrangeiros, fazendo com que aquelas "forças submarinas perdessem seu potencial de realizar ataques de surpresa" contra a Marinha chinesa.

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O autor considera que a situação é "particularmente preocupante" no contexto de uma provável superioridade aérea chinesa na região nos estágios iniciais de um conflito. Embora ele considere a aeronave antissubmarino P-8 dos EUA como superior, Goldstein enfatiza que essas aeronaves teriam dificuldade em voar em um céu "cheio de caças chineses".

Ainda assim, a análise chinesa termina em uma nota modesta, sugerindo que não se pode comparar o desempenho desta nova aeronave chinesa com as mais avançadas aeronaves antissubmarino americanas P-8.

O mais importante, de acordo com este artigo, é que os engenheiros chineses finalmente resolveram o problema de não terem uma grande aeronave de guerra antissubmarino de asa fixa.

Esse desenvolvimento é particularmente preocupante para os EUA no contexto de uma crescente capacidade da China de manter as bases aéreas aliadas no teatro de operações em risco, assegurando-se assim a superioridade aérea nos primeiros estágios de um conflito.

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Como resultado, é concebível que, embora o P-8 da Marinha dos EUA possa, de fato, ser um avião antissubmarino muito superior, eles seriam incapazes de voar nos céus do oeste do Pacífico que fervilham de caças chineses.

Ao mesmo tempo, as aeronaves antissubmarino chinesas teriam a possibilidade de proporcionar uma proteção maior para seus submarinos nucleares. Desse modo, o poder aéreo chinês pode estar começando a prejudicar a vantagem quase indiscutível dos Estados Unidos na guerra submarina.

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