Casa Branca pretende continuar apoiando campanha militar no Iêmen apesar das pressões

© Sputnik / Stringer / Acessar o banco de imagensCoalizão da aviação dos países árabes causou ataques aéreos contra a residência do ex-presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh
Coalizão da aviação dos países árabes causou ataques aéreos contra a residência do ex-presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh - Sputnik Brasil
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Os Estados Unidos não pretendem ceder à pressão e parar de apoiar a coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita no Iêmen, declarou um alto funcionário do Departamento de Estado, citado pela Reuters.

Desde o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul, a administração americana tem enfrentado pressão no país devido ao seu envolvimento no conflito de 4 anos no Iêmen.

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No mês passado, o Senado votou a favor de uma resolução para acabar com o apoio militar dos EUA à coalizão, incluindo a venda de armas e o fornecimento de dados de inteligência.

"Há pressão no nosso sistema… para que nos retiremos do conflito ou paremos nosso apoio à coalizão, algo a que, do lado da administração, nos opomos fortemente", disse Timothy Lenderking, vice-secretário adjunto para os Assuntos do Golfo Pérsico, citado pela agência

O funcionário sublinhou que o apoio à coalizão "é necessário" e que, se os EUA pararem seu apoio, isso "enviará uma mensagem errada".

A afirmação vai no mesmo sentido das recentes palavras do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que disse que o fim de assistência militar aos sauditas causará "danos imensos" aos interesses dos EUA.

Lenderking fez sua afirmação em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, durante um evento dedicado à segurança. Os Emirados também participam dos ataques aéreos ao Iêmen.

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O alto funcionário apoiou os esforços militares da coalizão dois dias após o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados ter anunciado que o conflito mata ou mutila em média 123 civis por semana.

A coalizão árabe interveio no Iêmen em 2015 combatendo contra os rebeldes houthis, aliados do Irã. Desde a intervenção, o Iêmen mergulhou "na maior crise humanitária do mundo", segundo diz a ONU, com 75% da população precisando de ajuda. Pelo menos 16 mil civis morreram durante o conflito e 2,3 milhões foram deslocados, colocando grande parte da população à beira da fome.

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