Cuba colabora com a tortura na Venezuela e na Nicarágua, diz secretário da OEA

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Cuba enviou pessoas à Venezuela e à Nicarágua para cooperar com a tortura naqueles países, disse nesta sexta-feira o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, na abertura das conferências sobre a ilha que serão realizadas na agência em 2019.

"Estima-se que a presença cubana na Venezuela é de 46.000 pessoas, uma força de ocupação que ensina tortura para reprimir, fazendo tarefas de inteligência, documentação civil, migração, na Nicarágua também ter ouvido o testemunho de vítimas de tortura que asseguram que os cubanos estavam presentes enquanto os torturavam", afirmou Almagro em seu discurso.

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Ele acrescentou que "Cuba é inimiga da democracia e dos direitos humanos em qualquer parte do continente", e que "grande parte da polarização sofrida por nossas sociedades é diretamente induzida pelo regime cubano".

As conferências serão várias no ano que vem e abordarão a situação em Cuba no âmbito da OEA.

Com elas, Almagro diz que é necessário dar visibilidade ao que está acontecendo em Cuba e acusou a comunidade internacional de normalizar o que acontece na "ditadura" da ilha.

"A ditadura que faz com que até hoje uma situação de internalização e padronização pela comunidade internacional, mas não é normal, o mesmo medo que faz com que Cuba e usa para intimidar seu próprio povo usá-la para agir na comunidade internacional", prosseguiu o secretário-geral da OEA.

Ele complementou dizendo que "é hora de aumentar a conscientização sobre a ditadura mais antiga do hemisfério, é hora de começar a trabalhar na OEA".

Almagro acusou o governo cubano de desrespeito ao "artigo 1 da Carta Democrática, a falta de respeito pelo regime cubano a estes princípios, valores fundamentais, liberdades e garantias deve ter todos os cidadãos das Américas".

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Cuba é um dos 35 Estados-membros da OEA desde 03 junho de 2009, quando os ministros de Relações Exteriores das Américas aprovaram uma resolução que atenda as regras de 1962, pelo qual o governo cubano estava excluído da participação no sistema interamericano. Pelo documento aprovado, a medida não tem nenhum efeito sobre a organização hemisférica, publica o OEA em seu site.

A resolução de 2009 afirma que "a participação de Cuba na OEA será o resultado de um processo de diálogo iniciado a pedido do governo da ilha, e em conformidade com as práticas, propósitos e princípios do grupo", declara o organismo.

Contudo, até o presente momento, Cuba não participa de nenhuma das instâncias da organização hemisférica.

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