Piloto associa 'fortes sacudidas' e 'incêndio' ao sumiço do avião malaio MH370

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MH370 (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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O avião MH370 da Malaysia Airlines, que sumiu dos radares em março de 2014 com 239 pessoas a bordo a caminho da capital malaia, se tornou um dos maiores mistérios da aviação. Destroços recentemente encontrados, que podem ser do avião malaio, na costa de Madagascar trazem esperança de retomada das buscas e conclusão da catástrofe.

O capitão aposentado da United Airlines e atual presidente-executivo da Aero Consulting Experts, Ross Aimer, sugeriu que as baterias de íons de lítio de 221 kg provocaram queda do avião, informou o Daily Star Online.

Segundo o piloto, "fortes sacudidas" poderiam ter provocado um incêndio, matando, assim, todos durante o voo. Além disso, ele considera a possibilidade de avião ter passado horas voando até ficar sem combustível.

"É bem provável que o fogo tenha consumido uma parte do avião, que ainda conseguia voar por ser uma aeronave gigantesca; os pilotos e passageiros estavam incapacitados e o voo seguiu até não haver mais combustível, caindo em alguma parte do oceano. Mais provavelmente, eles estavam no piloto automático, e o piloto automático simplesmente continuou voando", acredita.

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Para o capitão aposentado, incêndios assim podem ser provocados facilmente, sendo "quase impossível" apagá-los, mesmo que a aeronave possua sofisticados sistemas de supressão de incêndio, como era o caso do Boeing 777 que desapareceu.

"O MH370 estava carregando apenas 221 kg de baterias de íons de lítio a bordo. Mas há uma boa possibilidade de que, se tiver acontecido um incêndio, o incêndio tenha sido iniciado pelas baterias de lítio […] em uma forte sacudida, iniciando, assim, choque térmico nas baterias por basicamente deixá-las cair ou superaquecendo-as por algum motivo", disse o piloto ao Daily Star.

De acordo com ele, muitos incêndios na aviação estão ligados a essas baterias, incluindo a queda do Boeing 747-400U perto de Dubai há oito anos, que matou dois tripulantes. Após a investigação, a Autoridade de Aviação Civil Geral dos EAU declarou: "há um razoável grau de certeza de que a causa do incêndio tenha sido um elemento da carga que continha, além de outras coisas, baterias de lítio".

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As baterias de íons de lítio são usadas em todos os tipos de dispositivos eletrônicos, de telefones celulares a laptops, mas têm "uma chance" de pegar fogo, segundo o jornal, citando um professor de Ciências Químicas e Biomoleculares da Universidade da Califórnia em Berkeley.

O voo MH370, efetuado por uma aeronave Boeing 777, desapareceu dos radares em março de 2014 com 227 passageiros e 12 tripulantes a bordo, a caminho de Kuala Lumpur. A aeronave desapareceu dos radares 40 minutos após a decolagem. A operação de busca, financiada por governos de vários países e realizada após o desaparecimento, não conseguiu encontrar nenhum vestígio da aeronave.

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