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COP24: Brasil pede que países em desenvolvimento sejam ouvidos na cúpula do clima

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O Brasil pediu nesta quarta-feira na Polônia, palco da COP24, para que os países em desenvolvimento não sejam marginalizados nas negociações da conferência climática da ONU, a fim de evitar um fracasso como aconteceu há nove anos em Copenhague, na Dinamarca.

Acusações sobre acordos secretos não são incomuns nesse tipo de reunião, em que as sessões diplomáticas geralmente acontecem tarde da noite. A cúpula de duas semanas na Polônia é considerada crucial nas tentativas internacionais de reduzir o aquecimento global, uma vez que os compromissos dos signatários do acordo de Paris de 2015 foram estabelecidos no final do ano para finalizar os regulamentos aos quais eles iriam aderir.

"O que deve ser evitado a todo custo é que os países em desenvolvimento sejam marginalizados ou lhes apresentem textos para aceitá-los com um sim ou não", disse José Antônio Marcondes, principal negociador do Brasil no encontro.

Marcondes solicitou consultas inclusivas e frequentes com todos os países, "para evitar a repetição de Copenhague".

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O encontro acontece em uma época em que as más notícias sobre as mudanças climáticas estão aumentando. Um relatório científico recente apresenta um quadro complicado das possibilidades para o mundo para alcançar o ambicioso objetivo do Acordo de Paris: conter o aquecimento global em 1,5 graus Celsius no final do século.

Um novo estudo divulgado nesta quarta-feira mostra que as emissões globais de dióxido de carbono, que capturam calor, aumentaram 2,7% de 2017 para 2018, após vários anos de pequeno aumento. As projeções distanciam o objetivo fixado em Paris.

Devido à relutância dos governos a se comprometer com o tipo de medidas drásticas que os cientistas considerem necessárias para evitar o aquecimento catastrófico, a ONU disse que reduzir a mudança climática se beneficiaria enormemente a saúde das pessoas e orçamentos das nações.

Cumprir os objetivos do Acordo de Paris reduziria significativamente a poluição global do ar, salvaria um milhão de vidas a cada ano até 2050 e reduziria bastante os gastos com saúde pública, disse a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A agência, com sede em Genebra, disse que as mudanças climáticas também afetam negativamente a fontes de água potável, o nível de nutrientes dos alimentos básicos, como arroz e devastação de desastres naturais, enquanto as medidas para impedi-lo, como a promoção uso da bicicleta e no veículo, tiveram resultados positivos.

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