Mídia: EUA já perderam a corrida pelo Ártico com a Rússia

CC0 / Guarda Costeira dos EUA / Quebra-gelos estadunidense Polar Star
Quebra-gelos estadunidense Polar Star - Sputnik Brasil
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Segundo escreve a jornalista Sabrina Shankman do canal NBC News, esta frota está em condições terríveis, adicionando que atualmente só dois quebra-gelos estão operacionais.

Os objetivos principais dos quebra-gelos incluem a coleta de dados científicos, resgate de navios bloqueados nos gelos e a neutralização de vazamentos de petróleo em partes remotas do planeta. Ademais, esses navios garantem os interesses dos EUA nas regiões do Ártico, visto que o degelo das geleiras abre novas oportunidades comerciais nessa região.

No entanto, o canal indica que um dos quebra-gelo em serviço, o Polar Star (Estrela Polar), construído há 40 anos, já ultrapassou o período de vida útil e registra avarias frequentes.

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Ao mesmo tempo, o segundo, Healy, foi construído em 2000 e hoje só é capaz realizar tarefas científicas.

A autora destaca que, no melhor dos casos, um novo quebra-gelo estadunidense entrará nas águas árticas dentro de cinco anos, enquanto hoje a Rússia conta com mais de 40 navios desse tipo na região. No entanto, para atingir isso, é preciso que o governo dos EUA invista bilhões de dólares, mas, em vez disso, a Casa Branca gasta somas enormes para construir um muro na fronteira com o México, sublinha o canal.

Nessa conexão, muitos especialistas opinam que, na corrida pelo Ártico, os EUA estão sendo ultrapassados pela Rússia. Uma coisa é um navio estar bloqueado no gelo, pois vários países podem ajudar nesse caso. Outra coisa completamente diferente é quando um adversário tenta invadir a zona econômica exclusiva norte-americana ou entrar na corrida armamentista com os EUA.

"A questão é que os EUA ignoraram o Ártico. Perderam a principal rota marítima do futuro entre a Ásia e a Europa. Cedemos o controle sobre este oceano à Rússia e à China", o NBC cita as palavras do deputado John Garamendi.

Um dos maiores submarinos nucleares russos construídos ainda na época da União Soviética é o Typhoon (Akula), que continua a ser o maior do mundo com cerca de 25.000 toneladas métricas (27.500 toneladas). Visto de frente no Mar de Barents, Ártico russo, nesta fotografia de setembro de 2001 - Sputnik Brasil
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Entretanto, o artigo lembra que na época da Segunda Guerra Mundial, a frota norte-americana de quebra-gelos estava no seu auge, contando com sete navios. Mas essa era acabou. A Administração Trump propôs destinar US$ 750 milhões (R$ 2,88 bilhões) para um novo navio, mas o dinheiro acabou por ser investido no muro na fronteira com o México.

"Somos a maior potência naval no mundo e esperamos que um navio construído nos anos 70 continue a funcionar", declarou o cientista político Heather Conley, referindo-se ao quebra-gelo Polar Star.

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