Político americano critica EUA por se envolverem em conflitos externos

© REUTERS / Yuri GripasA bandeira nacional dos EUA voa sobre o Departamento de Estado em Washington 24 de marco de 2015
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O político norte-americano Patrick Buchanan, em um artigo para o American Conservative, aborda o recente incidente no mar Negro e questiona o que motiva os EUA a se envolverem em conflitos externos.

Buchanan se refere aos eventos que precederam o incidente, recordando que os navios ucranianos, incluindo navios de guerra, teriam que notificar as autoridades russas com antecedência antes de passarem sob a ponte do estreito de Kerch para o mar de Azov.

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Em sua opinião, o incidente recente é uma provocação por parte de Kiev e, em particular, por Pyotr Poroshenko. Seus índices de popularidade caíram drasticamente e o presidente ucraniano entende que seu partido praticamente não tem chances de vencer as próximas eleições, se ele não criar um fato sensacional, escreve o autor.

Depois que a Ucrânia introduziu a lei marcial, Poroshenko pediu para o Ocidente impor mais sanções contra Moscou e apelou aos EUA a pressionarem a Rússia. Por sua vez, Adrian Karatnitsky, membro do Conselho Atlântico, propôs fortalecer a presença militar norte-americana no mar Negro e fornecer a Kiev mísseis antiaéreos e antinavio, além de endurecer as sanções e cancelar a construção dos gasodutos Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) e South Stream, relata o artigo.

Contudo, Patrick Buchanan questiona: o que Washington tem a ver com o problema do controle sobre o estreito de Kerch? 

"Por que nos deixamos envolver em disputas externas, desde a disputa a quem pertencem as ilhas no mar do Sul da China, de quem são as ilhas Senkaku e Curilas do Sul; e até se a Transnístria tinha direito de se separar da Moldávia e a Ossétia do Sul e a Abkházia da Geórgia?", indagou.

Buchanan também questiona: "Se a Ucrânia teve o direito de se separar da Rússia em 1991, então por que a Crimeia, Donetsk e Lugansk não podem se separar de Kiev?".

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Incidente no estreito de Kerch

Em 25 de novembro, três navios ucranianos violaram a fronteira russa entrando nas águas territoriais do país e realizando manobras perigosas. Como as embarcações ucranianas ignoraram os avisos das autoridades russas, a guarda fronteiriça deteve os navios com 24 tripulantes a bordo, o tribunal abriu um processo criminal contra os marinheiros.

Logo após o incidente, Kiev introduziu a lei marcial em 10 regiões do país por 30 dias. A lei limita temporariamente as liberdades e direitos constitucionais dos cidadãos, incluindo o direito de voto e de liberdade de expressão.

Moscou qualificou o incidente como uma provocação que é explicada pela baixa popularidade do presidente Pyotr Poroshenko nas vésperas das eleições presidenciais.

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