Almirante britânico propõe enviar destróier à Ucrânia para enfrentar a Rússia

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Comentários do almirante britânico surgem no contexto das crescentes tensões entre a Rússia e a Ucrânia, depois que três navios cruzaram ilegalmente a fronteira da Rússia.

Falando com o Daily Star Online, o almirante Lord Alan West disse que enviar um navio de vigilância da Marinha Real do Reino Unido para a Ucrânia como contrapeso à Rússia não seria uma ideia inteligente, sugerindo o envio de um destróier da classe Type 45.

"Se estamos enviando um navio para uma área em que pode haver combates, será melhor enviar um navio que seja capaz de se proteger a si mesmo e possa combater", disse ele.

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Ele também alertou que as ações da OTAN podem alimentar as tensões na região após o incidente no estreito de Kerch.

"Você tem que pensar com muito cuidado sobre o posicionamento de forças perto da Rússia. Se enviarmos uma força significativa da OTAN para lá, isso será visto como uma ação agressiva — mas poderemos ter um número limitado de navios garantindo a liberdade de navegação."

Na semana passada, o secretário da Defesa do Reino Unido, Gavin Williamson, anunciou que Londres enviaria mais tropas e um navio da Marinha Real para a Ucrânia para defender a "liberdade de navegação"."Enquanto a Ucrânia enfrenta a hostilidade russa, ela encontrará um parceiro firme no Reino Unido", disse ele ao seu colega ucraniano.

Reagindo ao incidente, o gabinete da primeira-ministra britânica, Theresa May, emitiu uma declaração condenando o "ato de agressão" da Rússia: "Nós condenamos o ato de agressão da Rússia ao apreender três navios ucranianos e suas tripulações. Este incidente fornece mais evidências do comportamento desestabilizador da Rússia na região e sua contínua violação da integridade territorial ucraniana".

O presidente russo, Vladimir Putin chamou o incidente no estreito de Kerch de provocação, observando que entre os membros das tripulações dos navios ucranianos, que violaram a fronteira russa, havia dois agentes dos serviços secretos da Ucrânia que, na realidade, lideraram esta operação especial.

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No domingo (25), três navios da Marinha ucraniana, em violação dos artigos 19 e 21 da Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, cruzaram a fronteira marítima russa.

Os navios entraram na zona aquática temporariamente encerrada e realizaram manobras perigosas durante várias horas sem reagir às exigências das embarcações russas que acompanhavam os navios ucranianos.

Foi tomada a decisão de usar armas e deter os navios ucranianos. Durante o incidente, três militares ucranianos ficaram levemente feridos sem correr risco de vida. A Rússia abriu um processo criminal por violação da fronteira.

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