Cientistas estadunidenses fazem história ao construir avião com motor de íons

CC0 / NASA/JPL-Caltech / Motor de íons a efecto Hall
Motor de íons a efecto Hall - Sputnik Brasil
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Os especialistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts criaram o primeiro avião equipado com motor de "íons suspensos" e o testaram em um laboratório. O voo de estreia do "pioneiro", com um peso de apenas 2,5 quilos, durou 12 segundos.

A notícia sobre o voo da primeira aeronave que subiu ao ar com um motor sem partes móveis foi publicada na revista especializada Nature.

"Isto abre o caminho para criar veículos aéreos completamente silenciosos, muito simples do ponto de vista mecânico, e, ao mesmo tempo, sem emitir os gases de escape", disse Steven Barrett, professor de aeronáutica do instituto.

Vale ressaltar que a ideia de criar o motor de íons não é algo novo — as primeiras tentativas ocorreram na URSS e nos EUA ainda na década de 60 do século passado. Várias sondas e outros aparelhos espaciais, inclusive as soviéticas Meteor e Kosmos, construídos com essa tecnologia, já foram lançados ao espaço.

Todos eles têm as mesmas vantagens e desvantagens. Por um lado, os motores de íons são extremamente econômicos e exigem pouco combustível. Por outro, sua tração e eficiência de conversão de energia são bem pequenas, por isso a aceleração e a desaceleração se efetua muito lentamente, o que torna os veículos equipados com estes motores muito pouco adequados para enviar pessoas a Marte e a outros planetas.

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É por isso que anteriormente os engenheiros nunca consideraram os motores de íons como alternativa viável aos motores comuns que hoje em dia se usam na aviação civil e militar. Já os cientistas estadunidenses provaram que estas alegações estavam erradas, criando um motor baseado em um novo método de ionização do ar e, em consequência, revolucionando sua eficiência.

Segundo revelaram os investigadores, uma asa de forma especial coberta por uma rede fina de elétrodos pode gerar uma "reação em cadeia" no ar, fazendo os elétrons colidirem com moléculas neutras e expulsarem outras partículas destas moléculas. Em resultado disso, é criado um espaço repleto de inúmeros íons e partículas não carregadas. Se esta mistura ficar dentro de um campo magnético, se cria uma espécie de "vento de íons", que tem uma tração bastante grande.

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