Qual seria o real motivo de a China estar produzindo tantas armas diferentes?

© Foto / PLA DailyTeste de míssil chinês
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Recentemente, a China esteve demonstrando todo seu potencial militar na exposição de equipamentos militares Airshow China na cidade de Zhuhai.

Através do evento pudemos ver diferentes tipos de novas armas criadas pelo gigante asiático, que vem se esforçando cada vez mais para fazer avançar sua tecnologia militar, mas qual seria o motivo para tudo isso?

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Durante a exposição, a China apresentou diversas armas, além de mostrar seu grande avanço tecnológico em diversas áreas militares, inclusive a indústria de construção naval e offshore está envolvida em equipamentos de guerra terrestre. O poder demonstrado foi de uma dimensão tão grande que o presidente da Global Strategies & Transformation, Paul Giarra, afirmou que o esforço de militarização do país asiático está em "franco desenvolvimento", enfatizando que a exposição serviu para "impressionar e intimidar".

Dentre os armamentos apresentados pelo gigante asiático, é possível destacar os sistemas de defesa antiaérea, mísseis de cruzeiro antinavio, mísseis supersônicos, além de outros projetos que estão sendo desenvolvidos. Com isso, fica claro que a China está realizando um grande investimento no desenvolvimento de seus projetos.

O fato está intrigando diversos especialistas, já que o país estaria construindo um arsenal sem mesmo visar compradores ou mercados externos para realizar a venda de tal armamento.

O especialista russo em indústria de armamento chinesa, Vasily Kashin, acredita que a China estaria se aproximando de uma integração civil-militar, fazendo com que as empresas privadas participem dos projetos de defesa, elevando o número de protótipos e resultando em produtos de alta qualidade para seu exército.

Alguns especialistas acreditam que esse rápido desenvolvimento seria devido à alta competitividade entre as indústrias chinesas que, ao verem um novo produto, pensam imediatamente em desenvolver um novo projeto.

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Por outro lado, o especialista russo Kashin considera que a China estaria desenvolvendo dois sistemas de desenvolvimento, onde o primeiro seria um projeto de alto risco tecnológico, caro, inovador e através da importação de componentes. O segundo não seria tão ambicioso, possuindo baixo risco e não exigindo tanto do Exército Popular de Libertação, além de não precisar de ajuda externa. Ou seja, de um modo ou de outro, o país desenvolveria novos sistemas, conforme citado pela revista The National Interest.

Além disso, uma possível causa para o grande número de armas diferentes seria a competição com os EUA em uma disputa pela influência em países-chave no Mundo. A China poderia estar utilizando uma estratégia para conquistar o mercado de exportação de armas, uma das principais áreas dos EUA, obtendo assim maior influência.

Com isso, a China acreditaria que esse é o caminho para competir com os americanos, já que o gigante asiático seria capaz de produzir um grande número de armamentos e exportá-los por um baixo custo de aquisição, além de oferecer crédito em condições favoráveis.

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