5 missões no espaço e na Terra onde inteligência artificial é a melhor amiga do homem

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Hoje em dia, as redes neurais sabem ler lábios, desenham esboços e ganham de jogadores profissionais de Go, além de conseguir aprender mais e mais diariamente. A colunista da Sputnik, Alfiya Enikeeva, enumera os cinco avanços da inteligência artificial mais marcantes dos nossos dias.

Língua de ratos

Em 2017, zoólogos austríacos analisaram o comportamento de camundongos e repararam que os roedores fazem barulhos diferentes quando se comunicam, isto é, se for com uma fêmea, o barulho é diferente do feito para um macho. Assim, ao "falar" com camundongos do sexo oposto, eles frequentemente passam a produzir sons de maior frequência.

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Um grupo de cientistas russos, holandeses e alemães, por sua vez, decidiu aproveitar esta peculiaridade e ensinar as redes neurais a identificar os roedores pelos sons que emitem, bem como a entender a quem certa mensagem se destina.

Após um processo de análise e aprendizagem, que envolveu diferentes amplitudes, altitudes e duração do som, as redes neurais souberam definir certamente o sexo dos camundongos e seu destinatário em 84% dos casos.

Decifrando a escrita

Já os investigadores russos de várias regiões do país lograram instruir as redes neurais a definir o sexo de uma pessoa pela escrita — em 80% dos casos. Para isso, os cientistas usufruíram de redes de máxima precisão e de métodos de aprendizagem aprofundada.

Segundo um dos autores do estudo, professor da Universidade de Pesquisa Nuclear Nacional do Instituto de Física de Engenharia de Moscou, Aleksandr Sboev, tais resultados elevados foram possíveis graças aos modelos de redes neurais muito avançados e ao fato de participantes não terem escondido seu sexo.

Hoje em dia, os pesquisadores se debruçam sobre as situações em quais uma pessoas tenta passar por outra — por exemplo, uma mulher escrevendo um texto como se fosse homem. Aliás, em futuro breve as redes também serão capazes de identificar a idade do autor.

Metamorfoses gastronômicas

Especialistas japoneses e franceses juntos criaram um programa que adapta pratos famosos às tradições culinárias de diferentes países.

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Por exemplo, torna uma lasanha em uma lasanha de sushi, ou adiciona um jeitinho francês à sopa japonesa sukiyaki. Deste modo, o programa compõe uma receita na qual em vez de mirin japonês (vinho de arroz) se usa calvados, enquanto a cebolinha é substituída por estragão.

Por enquanto, a rede neural não entende de que maneira os ingredientes novos combinam um com outro e não toma em consideração a maneira de cozinhar. Porém, os cientistas prometem aperfeiçoar o mecanismo.

Milagres gráficos

As redes neurais sabem bem restaurar o brilho e a cor dos antigos filmes, inclusive de animação, adaptando-os às telas modernas com alta resolução de imagem. Em setembro, duas empresas grandes — a americana Disney e a russa Yandex — apresentaram tais algoritmos.

Os pesquisadores da Disney elaboraram o programa que permite lograr uma coloração mais realística do vídeo graças à melhor correlação das sequências vizinhas. Já os especialistas da Yandex também criaram redes neurais capazes de aumentar a resolução sem reduzir a nitidez e a qualidade.

O algoritmo foi testado inclusive em filmes de animação soviéticos. Segundo frisa a assessoria de imprensa da empresa, a imagem ficou mais nítida e mais detalhada, mostrando tais elementos anteriormente pouco visíveis como folhas, flocos de neve e estrelas.

Em busca de 'vizinhos'

Investigadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, usam redes neurais para procurar extraterrestres e participam do projeto norte-americano SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre, na tradução em português). A rede criada para esses fins é capaz de detectar e registrar os sinais de baixa frequência e natureza alheia.

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Assim, os pesquisadores acreditam que uma civilização extraterrestre desenvolvida necessariamente deveria tentar entrar em contato com eles. O problema principal é conseguir dividir os sinais eletromagnéticos da Terra, que já teria se alastrado por grandes territórios, dos sinais de outro sistema estelar ou galáxia. Até hoje, isso não tem sido possível.

Hoje em dia, o respectivo trabalho é realizado pelas redes neurais, tendo estes já detectado 72 sinais cujas fontes podem ser corpos celestes à distância de 3 bilhões de anos-luz da Terra. Segundo sublinham os autores do estudo, mesmo que o programa não encontre vestígios de civilizações alienígenas, ajudará a descobrir muitas coisas novas sobre o Universo.

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