'Declarações de propaganda', diz analista sobre alegado fracasso da venda dos S-400

© Sputnik / Sergei MalgavkoExibição do sistema de mísseis S-400 no território da unidade militar de mísseis do Distrito Militar do Sul em Teodósia, na Crimeia
Exibição do sistema de mísseis S-400 no território da unidade militar de mísseis do Distrito Militar do Sul em Teodósia, na Crimeia - Sputnik Brasil
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Os relatos de que os EUA teriam conseguido frustrar uma série de contratos de exportação dos sistemas russos de defesa antiaérea S-400 Triumph são declarações de propaganda que não se baseiam em fatos, disse à Sputnik o diretor do Centro da Análise do Comércio Internacional de Armas, Igor Korotchenko.

Ontem (14), a emissora CNBC, citando a comunidade de inteligência estadunidense, informou que ao menos 13 países estariam interessados em adquirir os complexos russos S-400, apesar do risco de sanções por parte dos EUA.

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A mídia sublinhou também que Washington costuma tentar dissuadir terceiros países de comprar armas russas, especialmente os S-300 e S-400, ameaçando-os com sanções. Em troca dos produtos russos, os diplomatas norte-americanos propõem os análogos de produção nacional. Ao mesmo tempo, o Departamento de Estado dos EUA afirmou repetidas vezes que através de sanções teria conseguido solapar contratos militares russos no valor total de bilhões de dólares.

Em opinião do especialista Igor Korotchenko, essas declarações não passam de manipulações midiáticas.

"São declarações de propaganda que não se baseiam em fatos reais. Os EUA realmente tentaram minar uma série de nossos contratos, inclusive a entrega dos sistemas de defesa antiaérea S-400 à Índia através de pressão política nas autoridades desse país, mas sem resultados, pois o contrato, no valor maior a 5 bilhões de dólares, de entrega destes sistemas à Índia acabou por se concretizar. Conforme foi acordado entre Moscou e Nova Deli, o pagamento se realizará em rublos para evitar a interferência de Washington nas transações financeiras referentes ao acordo", relembrou o entrevistado.

Aliás, sublinha, a mesma situação sucedeu à Turquia, que não cedeu à pressão dos EUA e dos aliados da OTAN e acabou firmando também um contrato de entrega de S-400 russos.

"Mais que isso, a pedido do presidente turco Erdogan, a realização do contrato de fornecimento dos sistemas de defesa antiaérea S-400 a Ancara será acelerada", observou.

De acordo com Korotchenko, o desejo de cooperar com a Rússia nessa esfera tem a ver com o fato de o país ser líder absoluto na produção deste tipo de armamentos.

"Isso é reconhecido por todos, apesar da situação política", resumiu.

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