Cientistas desvendam papel dos lagos subglaciais na Antártida

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Iceberg na Antártida (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil
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Podem os lagos que se encontram debaixo das geleiras na Antártida fazer mover os gelos à velocidade de entre 10 e 400 metros por ano? Pesquisadores alemães investigaram a hipótese.

Cientistas do Centro Helmholtz de Investigação Polar e Marinha do Instituto Alfred Wegener (Alemanha) estudaram os fluxos de gelo na Antártida Oriental, na geleira Recovery e determinaram que nesta área não há grandes lagos subglaciais. Logo, os movimentos do gelo têm outra explicação apresentada no estudo publicado em 7 de novembro no Journal of Geophysical Research: Earth Surface.

Foi assim inesperadamente refutado que sejam os enormes lagos subglaciais que deslocam as massas de gelo nas geleiras da Antártida. Até agora, esse ponto de vista era o mais popular entre os cientistas de vários países. No entanto, a partir deste momento, os especialistas terão que encontrar novos mecanismos para explicar a origem desses movimentos, admitem os autores do estudo.

Os cientistas estudaram a geleira Recovery, que transporta o gelo desde a capa gelada da Antártida Oriental para a plataforma Filchner, na Antártida Ocidental. Segundo indicam os especialistas, o gelo se desloca a uma velocidade entre 10 e 400 metros por ano.

Iceberg B-15T perto da Antártida - Sputnik Brasil
Iceberg em forma de caixão se dirige ao encontro da sua 'morte' (FOTOS)
Durante a investigação, os especialistas mediram a espessura e o relevo da parte superior das rochas continentais com um radar radioglacial. Em seguida, eles introduziram os parâmetros obtidos em um programa de computador para criar um modelo virtual da interação entre as ondas médias e curtas e sua penetração dentro do gelo. Desta forma, os especialistas delinearam os limites das partes secas e húmidas da geleira.

Em resultado do estudo os cientistas provaram que, sob o gelo, existem apenas pequenos lagos localizados nos trechos superiores dos rios subglaciais. No entanto, eles são demasiado pequenos para provocar a velocidade atual das correntes de gelo.

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