Mídia: Planos para Brexit naufragam e Theresa May pode enfrentar debandada de secretários

© REUTERS / Toby MelvilleUm jornalista mostra uma cópia do projeto de lei do Artigo 50 da Brexit, introduzido pelo governo para buscar aprovação parlamentar para iniciar o processo de deixar a União Europeia, em frente às Casas do Parlamento em Londres.
Um jornalista mostra uma cópia do projeto de lei do Artigo 50 da Brexit, introduzido pelo governo para buscar aprovação parlamentar para iniciar o processo de deixar a União Europeia, em frente às Casas do Parlamento em Londres. - Sputnik Brasil
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Quatro ministros britânicos que apóiam a permanência na União Europeia estariam prestes a deixar o governo da premiê Theresa May, aprofundando ainda mais a divisão em torno do Brexit, informou o Sunday Times.

O plano desenhado por May para conter uma possível turbulência polícia e econômica pós-Brexit envolve a criação de um mecanismo independente para supervisionar a saída da Grã-Bretanha de qualquer acordo alfandegário temporário. Ao mesmo tempo, prevê o estabelecimento de uma área de livre comércio  com a UE baseada em um "conjunto comum de regras" e rejeita a criação da chamada "fronteira dura' entre a Irlanda do Norte e a Irlanda (o que poderia colocar a jogo o Acordo de Belfast, responsável por encerrar décadas de hostilidades e terrorismo na ilha).

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A ideia, porém, é altamente impopular tanto entre quem optou por sair da UE quanto por quem quis ficar. Em um indicativo de desacordo dentro do próprio governo, o ministro dos Transportes do Reino Unido, Jo Johnson, declarou na última sexta que estava deixando o cargo devido ao plano do governo, que considerou um "erro terrível". Em um comunicado, Johnson disse que a ideia proposta por May deixaria o país economicamente enfraquecido, ao mesmo tempo em que não obter um acordo "infligiria danos incalculáveis" à nação.

A situação foi agravada após o vazamento de uma carta de May em que a premiê revela ser a favor da criação de uma fronteira alfandegária no Mar da Irlanda, como proposto por Bruxelas, se o acordo para o Brexit for alcançado. O compromisso contraria o Partido Democrático Unionista da Irlanda do Norte (DUP), opositor a qualquer acordo que separe a Irlanda do Norte do resto do Reino Unido. O DUP costumava a ser uma força minoritária no Parlamento, mas com o fraco desempenho liberal nas últimas eleições extraordinárias convocadas por May, constitui hoje peça fundamental para formar maioria à premiê. Sem ele, Theresa May pode ser obrigada a renunciar.

O Reino Unido deixará a União Europeia em março de 2019. No entanto, o prazo pode ser prorrogado se todos os 28 membros da UE aprovarem.

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