Lugansk: Ocidente tenta envolver Rússia no conflito em Donbass

© Sputnik / Stringer / Acessar o banco de imagensBlindados e militares em Lugansk, Donbass
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Os países ocidentais ignoram a posição das autoproclamadas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk e tentam arrastar a Rússia para o conflito em Donbass, declarou à Sputnik Rodion Miroshnik, representante da República Popular de Lugansk (RPL).

Na véspera, na ONU houve uma discussão sobre as eleições em Donbass, programadas para 11 de novembro. No entanto, os próprios representantes das repúblicas não foram convidados a participar na reunião. Os membros do Conselho de Segurança da ONU — França, Holanda, Polônia, Suécia e Reino Unido – e antigos e futuros membros do Conselho – Itália, Bélgica e Alemanha —, ressaltaram que não reconhecerão as eleições e apelam à Rússia a parar esse processo. 

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Em Donbass essa posição foi chamada de hipócrita.

"O desejo de ouvir apenas um dos lados do conflito e ignorar o outro — isso foi hoje claramente demonstrado na votação no Conselho de Segurança da ONU […] Os Acordos de Minsk definem nitidamente os lados do conflito, que não são a Ucrânia e a Rússia, mas Kiev e Donbass. Mas os representantes do Ocidente querem envolver a Rússia no conflito e culpá-la de todos os pecados mortais", explicou Mirochnik. 

Ele salientou que o Ocidente não só não concorda com a participação dos representantes das repúblicas de Donetsk e Lugansk nas reuniões do Conselho de Segurança da ONU, como também não dá oportunidade a Donbass de expressar a sua posição. Ao mesmo tempo, ele observou que, sem um diálogo com o Leste do país, "não há solução para o conflito".

"Provavelmente, os EUA, a França, a Alemanha e outros que votaram contra não precisam desse diálogo. E isso, por sua vez, são tentativas de levar as negociações a um beco sem saída, prolongar o conflito e até torná-lo infinito. Esta é uma tendência muito perigosa e o Ocidente é culpado disso", concluiu Mirochnik.

O conflito no sudeste da Ucrânia dura há quatro anos e meio. A questão da sua solução tem sido discutida no grupo de contato em Minsk, que agrupa as partes envolvidas. Foram adotados três documentos regulamentando as etapas da desescalada, mas os combates continuam.

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