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Não é necessário desmatar florestas para expandir agronegócio, diz estudo

© MÁCIO FERREIRA/ AG. PARÁ/ FotosPúblicas / http://fotospublicas.com/mais-amazonia-levanta-debate-sobre-formatacao-de-fundo-para-desenvolvimento-de-regioes/Floresta Amazônica em Tucuruí, no Pará
Floresta Amazônica em Tucuruí, no Pará - Sputnik Brasil
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O Instituto Escolhas publicou um estudo, em parceria com a Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), em que afirma que há espaço suficiente no Brasil para que o agronegócio se expanda sem ter a necessidade de se desmatar mais florestas.

Em entrevista à Sputnik Brasil, Sérgio Leitão, diretor do Instituto Escolhas, disse que há mais de 240 milhões de hectares já abertos no país, para agricultura e pastagens, sem precisar expandir ainda mais a fronteira agrícola.

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"240 milhões de hectares é o equivalente ao território da Argentina. O Brasil é um país muito grande que tem uma extensão de hectares que está pronta para ser utilizada sem que seja necessário desmatar mais nenhuma árvore para continuar expandindo sua produção agrícola", afirmou.

Outro dado levantado pelo estudo do Instituto Escolhas é que que zerar o desmatamento não geraria grandes impactos no PIB brasileiro.

"A gente já desmatou tanto e temos tantas áreas que já foram desmatadas que dá para garantir a expansão da agricultura brasileira continue e que o Brasil seja um dos grandes celeiros do mundo exportando comida e cereais", disse Sérgio Leitão.

Ao assinar o Acordo de Paris em 2015, o Brasil se comprometeu a alcançar a meta a partir da eliminação total do desmatamento ilegal, da restauração de 12 milhões de hectares de florestas, do aumento do uso de bioenergia sustentável para 18% e em 45% de energias renováveis até 2030, entre outras ações em diferentes setores, como indústria, agricultura e infraestrutura urbana.

"Se o problema não é falta de terra, se o problema não é econômico, o impacto na economia do país, no nosso PIB, é de menos de um 1% e este pequeno impacto pode ser compensado com uma muito pequena diminuição da produtividade, onde está o problema? Porque a gente ainda está discutindo a necessidade de desmatar ou não para o Brasil continuar ou não sendo um grande produtor de alimentos?", questionou Sérgio Sá Leitão.

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