Análise: falhas em caça F-35 ainda vão continuar por muito tempo

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O Pentágono suspendeu temporariamente os voos de cerca de vinte caças F-35 devido a problemas com o sistema de combustível. Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em aviação Dmitry Drozdenko comentou a situação.

A edição Marine Time noticiou que o Departamento de Defesa norte-americano suspendeu temporariamente todos os voos de uma série de caças-bombardeiros F-35.

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"Além do tubo defeituoso identificado anteriormente, a análise indicou dois tubos de abastecimento de combustível adicionais que requerem inspeção", segundo o Pentágono.

Embora a assessoria do Departamento se tenha recusado a revelar o número exato dos caças-bombardeiros que requerem inspeção adicional, segundo a edição, cerca de vinte F-35 podem em breve ser afastados de missões. Vale ressaltar que anteriormente o Pentágono já tinha suspendido os voos dos aviões deste tipo para estudar possível falhas após o acidente com um F-35B no final de setembro na Carolina do Sul.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em aviação Dmitry Drozdenko opinou sobre o porquê das frequentes falhas da aeronave.

"O problema do F-35 é que este avião é extremamente complexo, talvez, demasiado complexo em alguns aspetos. Como se sabe, quanto mais complexo é o equipamento militar, mais possibilidades tem de apresentar falhas", assinalou.

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"Nesta situação, o problema com o sistema de abastecimento significa que vários sensores e partes levaram a falhas. É provável que esse tenha sido a causa do acidente que teve lugar na Carolina do Sul, quando o avião caiu e o piloto acabou se ejetando. O problema foi detectado só após o acidente, a comissão considerou que o sistema de abastecimento de combustível pode ter sido a causa possível", recordou o analista.

Segundo Drozdov, não obstante as verificações adicionais, o problema das constantes falhas do F-35 irá continuar.

"Claro que tudo será corrigido, mas essa história das falhas irá continuar ainda por muito tempo", ressaltou o analista.

O programa do Pentágono, executado pela Lockheed Martin, de criação do F-35 Lightning II acabou sendo o mais caro na história de produção de armamentos, custando cerca de US$ 1,5 trilhão. Mesmo com todo o dinheiro investido, os caças acabaram sendo incorporados nas Forças Armadas com um atraso de sete anos.

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