Era de fenômenos climáticos extremos está chegando à Terra, predizem cientistas

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Inundação afeta uma cidade moderna (apresentação artística) - Sputnik Brasil
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O aumento de temperaturas médias na Terra no futuro levará à aceleração de fortes chuvas e, consequentemente, inundações, cuja escala é significativamente rebaixada por prognósticos atuais.

Tal conclusão foi apresenta por físicos chineses da Universidade Wuhan, cujo estudo foi publicado na revista Nature Communications.

"Tentávamos determinar os mecanismos físicos que explicam por que inundações e chuvas ocorrem na Terra com tal frequência. Soubemos que no futuro tais eventos [climáticos] extremos começarão a ocorrer mais frequentemente e que devemos entender o que é necessário fazer para se proteger deles", declarou Jiabo Yin, especialista que trabalha na universidade.

Fenômenos climáticos extremos

Entre as consequências do aquecimento global há os chamados "fenômenos climáticos extremos", ou seja, períodos de calor abnormal no inverno e temperaturas muito baixas no verão, bem como precipitações densas e secas infinitas em vários cantos do mundo.

© REUTERSTempestade tropical Etau, no Japão.
Tempestade tropical Etau, no Japão. - Sputnik Brasil
Tempestade tropical Etau, no Japão.

Segundo acreditam os especialistas, no futuro a intensidade desses fenômenos será aumentada ainda mais e cobrirão cada vez mais territórios.  Isso, por sua vez, resultará no aumento da mortalidade: cada grau excessivo de temperatura no verão elevará o número de mortes em 5%.

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Vale destacar que os cientistas chineses tentaram entender que mecanismos físicos provocam esses fenômenos extremos em nosso planeta e causam chuvas "infinitas", inundações súbitas e outros cataclismos, raramente ocorridos no passado.

Nessa conexão, eles deram atenção especial às investigações do meteorologista e matemático estadunidense Edward Lorenz, cujos estudos incluem a "teoria do caos" e "efeito borboleta". Em particular, focaram no ciclo de Lorenz, ou seja, em seu modelo matemático que explica como o ar se move na atmosfera, chegando à conclusão que pequenas variações nos valores iniciais das variáveis do seu modelo levavam a resultados muito divergentes.

Previsões rebaixadas

Há muito tempo, cientistas discutem de que modo o aquecimento global pode influenciar esse "movimento cíclico". Ao analisar dados dos últimos 50 anos, fornecidos por estações meteorológicas situadas em várias partes do mundo, os pesquisadores conseguiram criar fórmulas que permitem predizer a alteração da situação climática no futuro.

Estimativas mostram que os prognósticos climáticos correntes rebaixam a frequência com qual podem ocorrer inundações provocadas por aumento abrupto de precipitações em certos dias ou meses.

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De acordo com conclusões, esses fenômenos afetarão principalmente a Europa Ocidental e do Norte, sul do Canadá e norte dos EUA e também as regiões no sul da China.  Em alguns desses territórios, as chuvas serão 40% mais frequentes cada vez que a temperatura ganhar um grau.

Vale destacar que a Rússia representa a única exceção de seus cálculos: quase em todo o território do país o nível de precipitações tem diminuído no último meio século e continuará da mesma maneira. Assim, entre as maiores ameaças climáticas que serão enfrentadas pela Rússia não chuvas ou inundações, mas, sim, secas e tempestades de areia.

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