Tensão vem aí: Parlamento do Kosovo quer criar Exército Nacional, diz mídia

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O Parlamento da autoproclamada República do Kosovo apoiou a transformação da Força de Segurança do Kosovo (KSF) em um exército totalmente funcional, informou a mídia local nesta quinta-feira.

Segundo o jornal Gazeta Express, 101 dos 102 legisladores presentes na votação apoiaram a criação do Ministério da Defesa.

Legisladores do Partido da Minoria Nacional da Lista Sérvia deixaram o Parlamento antes da votação, noticiou a mídia.

A formação das Forças Armadas do Kosovo requer a alteração da Constituição do Estado parcialmente reconhecido com o consentimento de pelo menos dois terços dos 120 parlamentares.

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Em 2017, Pristina tentou realizar a transformação de outra forma — através da expansão dos poderes da KSF por meio de uma lei comum —, mas a medida enfrentou oposição internacional, inclusive da Rússia, da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos.

Na segunda-feira, Kadri Veseli, o porta-voz do Parlamento kosovar e ex-comandante de campo dos destacamentos albaneses, disse que Pristina criaria Forças Armadas compatíveis com os padrões da OTAN antes de 2019.

No início de outubro, o comitê de assuntos internos e defesa do Parlamento kosovar preparou um pacote de projetos de lei sobre a transformação do KSF no exército e os submeteu à aprovação.

Representantes do partido governista do presidente do Kosovo, Hashim Thaci, e da oposição estavam unidos em seu desejo de aprovar os projetos. Mais cedo, o primeiro-ministro da autoproclamada república, Ramush Haradinaj, disse que os Estados Unidos "abençoaram" a criação de um exército do Kosovo de acordo com os padrões da OTAN.

A Embaixada dos EUA em Pristina informou que Washington estava apoiando a transformação das forças de segurança da autoproclamada República do Kosovo em um exército multinacional profissional, de acordo com os padrões da OTAN, com um mandato limitado para autodefesa territorial.

Tensão

Pristina atualmente não possui seu próprio exército. Belgrado opõe-se ativamente à sua criação, citando a Resolução 1244 do Conselho de Segurança da ONU sobre o acordo no Kosovo e Metohija.

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Em 1999, o confronto armado de separatistas albaneses do Exército de Libertação do Kosovo, do Exército sérvio e da polícia levou ao bombardeamento da antiga República Federativa da Iugoslávia, que então incluía os territórios da Sérvia e Montenegro, em uma ação liderada pelos EUA e pela OTAN.

Em 2004, militantes albaneses atacaram comunidades sérvias, o que levou ao reassentamento em massa de sérvios da província e à destruição de numerosos monumentos cristãos de sua história e cultura.

O Kosovo proclamou unilateralmente a independência da Sérvia em 2008 e é reconhecido por mais de 100 Estados membros da ONU. A Sérvia, bem como a Rússia, China, Israel, Irã, Espanha, Grécia e alguns outros países não reconhecem a independência do Kosovo.

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