Analista militar: frota dos EUA será afundada se tentar bloquear forças navais russas

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Tripulação do MiG-31 conduz lançamentos do míssil hipersônico Kinzhal - Sputnik Brasil
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Os EUA dificilmente conseguirão bloquear as forças navais da Rússia, porque elas são capazes de afundar a frota norte-americana, escreveu o especialista militar romeno Valentin Vasilescu em um artigo para o site Voltairnet.org.

Recentemente, o secretário do Interior dos EUA, Ryan Zinke, afirmou que seu país poderia organizar um bloqueio naval da Rússia, se necessário, para impedir o fornecimento de energia aos países da região do Oriente Médio.  

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Conforme o especialista, no momento as Forças Armadas dos EUA não são capazes de fazer esse bloqueio. O Exército russo está firmemente estabelecido no Oriente Médio. Na Síria, estão implantadas bases aéreas e navais russas, o espaço do Mediterrâneo permanece constantemente coberto por sistemas eficazes de defesa antiaérea e supressão radioeletrônica. Além disso, a Frota do Mar Negro pode se tornar em qualquer momento na Frota do Mediterrâneo.

Para bloquear a Rússia, os EUA precisarão de forças-tarefa com um núcleo de porta-aviões e helicópteros. Mas os recursos dos militares russos estão posicionados de tal forma que os norte-americanos não poderão usar porta-aviões e caças F-18, que podem operar a apenas 720 quilômetros de distância do porta-aviões. Assim, os militares dos EUA somente poderão usar suas aeronaves no mar Egeu, e é improvável que os porta-aviões o alcancem.

As novas armas russas os afundarão imediatamente depois da passagem pelo estreito de Gibraltar. E os militares norte-americanos quase não têm meios de enfrentá-las, enfatiza Vasilescu. 

Em particular, o analista citou armas como o mais novo míssil antinavio russo Kh-47M2 Kinzhal, que tem um alcance de 2.000 quilômetros, a velocidade de 10 Mach (12.250 km/h) e uma altitude máxima de 40 a 50 quilômetros. Em princípio, o seu adversário é o míssil norte-americano RIM-67 SM-2ER que atinge uma altitude máxima de até 33 quilômetros. No entanto, derrubar o Kinzhal é extremamente difícil. Ao mesmo tempo, o míssil russo dispersa ao seu redor 20 alvos falsos, portanto, serão necessários ao menos 20 antimísseis. Entretanto, os navios norte-americanos são capazes de lançar apenas 12 por vez.

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Vasilescu sugere que o sistema de defesa antimíssil americano Aegis, com os mísseis SM-3 IIA e IB, projetado para interceptar mísseis a uma altitude de 80 a 150 quilômetros, poderia ajudar no combate, mas esses mísseis perdem precisão a menos de 80 quilômetros. Já os militares russos dispõem de outros mísseis hipersônicos, especificamente o 3M22 Tsirkon. Esse míssil é capaz de voar até mil quilômetros e atingir uma velocidade de 8 Mach (9.800 km/h) em uma altitude de cruzeiro de 40.000 metros, com capacidade de manobrar ao se aproximar do alvo. Além disso, a energia cinética de seu impacto é 50 vezes maior do que a dos mísseis voando a velocidades subsônicas, acrescenta o especialista.

Ao mesmo tempo, a Rússia também possui o sistema de mísseis Avangard, com mísseis balísticos intercontinentais capazes de transportar ogivas nucleares. Esse tipo de míssil entra na atmosfera a uma velocidades de até 20 Mach (24.500 km/h), comporta-se de modo completamente diferente de outros mísseis balísticos, já que pode mudar drasticamente a direção do voo e até mesmo ganhar altitude novamente. Para derrubar esse míssil balístico russo são necessários ao menos 50 mísseis interceptores.

No momento, os EUA não conseguem organizar um bloqueio naval à Rússia, e o Pentágono, diferentemente das especulações do seu secretário do Interior, entende que a Rússia tem mecanismos modernos para proteger seus interesses, conclui Vasilescu.

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