Aproximação de cataclismo? Analista explica aumento de atividade da inteligência britânica

© REUTERS / Stefan WermuthBandeira do Reino Unido perto do parlamento britânico, em Londres, em abril de 2017
Bandeira do Reino Unido perto do parlamento britânico, em Londres, em abril de 2017 - Sputnik Brasil
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O Reino Unido afirma que a Rússia "quer transformar a Líbia em uma nova Síria", escreve a mídia. O politólogo Aleksei Martynov comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik o comunicado de imprensa britânico.

Os líderes dos serviços secretos britânicos afirmaram, se dirigindo a May, que a Rússia "quer transformar este país norte-africano [a Líbia] em 'sua nova Síria', para que Moscou possa assumir o controle da maior rota de imigração ilegal para a Europa", cita o jornal britânico Sun.

A edição acrescenta que "dezenas de oficiais da inteligência militar russa do Departamento Central de Inteligência [GRU, na sigla em russo] e suas forças especiais já estão no leste da Líbia, tendo originalmente chegado lá para treinar e manter um canal de comunicação".

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Moscou, além de possuir duas bases militares no país árabe, também apoia o chefe do Exército Nacional da Líbia "abastecendo as tropas com equipamento pesado", diz o comunicado, alegando que "na Líbia, os destrutivos mísseis russos antinavio Kalibr e os modernos sistemas de defesa aérea S-300 já estão implantados".

Citando uma fonte de alta patente no governo, o jornal relata que "se Moscou assumir o controle do litoral do país, poderá desencadear uma nova onda de imigrantes cruzando o mar Mediterrâneo".

O diretor do Instituto Internacional de Novos Estados, Aleksey Martynov, comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik a declaração da mídia britânica.

"Nos últimos tempos os serviços secretos britânicos têm sido muito ativos a fazer declarações à sua primeira-ministra e a divulgar publicamente diversas afirmações. Tal extraordinária atividade pública da inteligência britânica, tendo um caráter até provocatório, indica de que a cena informacional está sendo "aquecida", disse o politólogo.

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Para ele, os serviços secretos britânicos foram igualmente ativos na véspera das guerras mundiais e em meio da Guerra Fria, quando o mundo estava às portas de um cataclismo global.O especialista não pensa que eles tenham perdido o juízo visto serem profissionais de alto nível.

"Com certeza, nós entendemos bem que aconteceu com a Líbia e para onde eles tentam nos empurrar. A coalizão ocidental destruiu de fato esse país, bem-sucedido em tempos. O fato de que o líder líbio cooperava com prazer com o mundo ocidental não os fez parar", opina Aleksey Martynov.

Segundo o especialista, já não há nada para fazer na Líbia porque, apesar de o país existir formalmente, na realidade é um território onde só há miséria, grande quantidade de refugiados e grupos armados, que controlam diferentes partes do país.

"Gostaria de me enganar, mas tal atividade extraordinária dos serviços secretos britânicos, regra geral, tem lugar na véspera de acontecimentos de grande escala", concluiu o especialista russo.

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