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Eleições 2018: números das urnas apontam vitória de Bolsonaro em Lisboa

© Sputnik / Caroline RibeiroSeção eleitoral na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 7 de outubro de 2018
Seção eleitoral na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 7 de outubro de 2018 - Sputnik Brasil
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De acordo com os boletins das urnas de Lisboa, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) teve a maioria dos eleitores na capital portuguesa, com 56,1% dos votos válidos. Em seguida ficou Ciro Gomes (PDT) que teve 16,9% e Fernando Haddad (PT) com 13,4%. Os dados vão ser repassados para a apuração oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília.

A capital portuguesa é a sétima cidade do exterior a concentrar o maior número de brasileiros aptos a votar: são 21.195. O índice de abstenção foi de 65,1%, ficou abaixo do primeiro turno das eleições de 2014, quando 67,7% dos eleitores não compareceram às urnas.

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Do lado de fora do local de votação, a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) se manifestaram a favor do candidato. Houve momentos de atrito entre os manifestantes e os demais eleitores no final da manhã. Por volta das três da tarde o grupo se dispersou.

Dentro do local de votação o que se viu foram muitas filas nas portas das 27 seções. A polarização que define as eleições de 2018 também é forte entre os eleitores no exterior e parece ter feito muita gente comparecer às urnas em Lisboa. A dona de casa Jéssica Moreira, de 27 anos, nunca tinha votado.

© Sputnik / Caroline RibeiroBrasileira Jéssica Moreira votando nas eleições presidenciais em Lisboa, em 7 de outubro de 2018
Brasileira Jéssica Moreira votando nas eleições presidenciais em Lisboa, em 7 de outubro de 2018 - Sputnik Brasil
Brasileira Jéssica Moreira votando nas eleições presidenciais em Lisboa, em 7 de outubro de 2018

"Sempre justificava e pagava as multas", conta à Sputnik Brasil. Agora, diz ter encontrado ânimo para participar do pleito.

"Muita gente diz que por nós estarmos aqui fora não deveríamos votar, por não estarmos vivendo a realidade do país, mas nós não sabemos o dia de amanhã. Eu acho que agora é a hora da mudança, de ter algo novo no país", diz Jéssica.

O pintor Anderson de Medeiros vive em Portugal há 16 anos. Sempre ia ao Brasil para votar. Este ano ficou em Lisboa, mas transferiu o domicílio eleitoral.

"A única coisa que eu espero é mudança. Eu vivo fora do Brasil, mas minha família está toda lá. Eu quero que aquilo melhore, tanto para quem pensa em voltar algum dia, quanto para quem vive lá", afirma Anderson à Sputnik Brasil.

© Sputnik / Caroline RibeiroAnderson de Medeiros junto com seu amigo votam nas presidenciais brasileiras em Lisboa, em 7 de outubro de 2018
Anderson de Medeiros junto com seu amigo votam nas presidenciais brasileiras em Lisboa, em 7 de outubro de 2018 - Sputnik Brasil
Anderson de Medeiros junto com seu amigo votam nas presidenciais brasileiras em Lisboa, em 7 de outubro de 2018

Para a estudante Graziela Salvatori, que mora há 3 anos em Lisboa, os momentos de tensão vividos no Brasil são preocupantes. "Eu espero sinceramente que esse discurso de ódio não vá adiante. Porque a palavra de ódio é muito forte, e da palavra para os atos é muito fácil chegar", declara a estudante à Sputnik Brasil.

© Sputnik / Caroline RibeiroBrasileiras Graziela Salvatori e Renata Camargo se manifestando contra a candidatura de Bolsonaro em Lisboa no dia das eleições, em 7 de outubro de 2018
Brasileiras Graziela Salvatori e Renata Camargo se manifestando contra a candidatura de Bolsonaro em Lisboa no dia das eleições, em 7 de outubro de 2018 - Sputnik Brasil
Brasileiras Graziela Salvatori e Renata Camargo se manifestando contra a candidatura de Bolsonaro em Lisboa no dia das eleições, em 7 de outubro de 2018

Mesmo com a polarização na disputa, a jornalista Renata Camargo defende que respeitar os direitos de cada um é o principal.

"Acho importante exercer a democracia desde sempre, desde antes de fazer o título de eleitor, dentro do grêmio estudantil, e acho que o dia de hoje é mais um dia de exercer a democracia. No momento em que o Brasil passa por uma ameaça de fascismo, exercer o voto é algo que nos faz um cidadão completo e acho que é isso que os brasileiros vieram fazer aqui hoje independente da opinião e do voto", afirma Renata à Sputnik Brasil.

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