Por que Estados Unidos querem usar caças F-22 na Síria?

© REUTERS / Master Sgt. Kevin J. GruenwaldF-22 Raptor da Força Aérea dos EUA
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Recentemente foi informado pelo The Drive que Washington quer intensificar o uso de caças furtivos F-22 na Síria, além do antirradar F-16CJ, em resposta à entrega de Moscou a Damasco de sistemas de defesa antiaérea S-300.

O especialista em aviação militar Viktor Pryadka sugeriu como isso afetaria a situação em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.

A mídia ainda relata que no começo da operação militar na Síria, quando os possíveis passos retaliatórios das tropas sírias ainda não estavam claros, a Força Aérea dos EUA já havia usado o F-22 e o F-16CJ, projetados anteriormente para suprimir e destruir a defesa antiaérea inimiga, adicionando que Washington talvez volte às táticas originais.

De acordo com o jornal The Drive, os americanos já usam caças furtivos durante operações aéreas em áreas controladas pelas forças governamentais da Síria.

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A suposição do jornal foi comentada pelo diretor-geral da empresa Aliança de Tecnologias de Aviação Avintel, Viktor Pryadka.

"Acho que os EUA querem ver como esses aviões vão se comportar em um espaço aéreo sendo controlado por sistemas S-300. Ou seja, trata-se de ajustamento e verificação de armamentos e, tendo em conta essa verificação, eles, provavelmente, farão algumas alterações em suas aeronaves."

O especialista acredita que os aviões dos países da OTAN, assim como os israelenses, serão mais cautelosos ao abordar o espaço aéreo da Síria, tornando o "trabalho das Forças Armadas russas mais tranquilo e reduzindo o número de provocações".

"Em termos políticos, os EUA certamente continuarão tentando mudar o governo da Síria. Mas agora, quando o território está praticamente limpo de terroristas, isso será bastante problemático. E o fornecimento dos nossos sistemas S-300 reduzirá o fornecimento de armamentos por via aérea para os terroristas sírios, o que também deverá ter um impacto positivo na situação geral", conclui o analista.

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A decisão de fornecer sistemas S-300 para a Síria foi tomada logo após 17 de setembro, quando um míssil S-200 do sistema sírio de defesa antiaérea abateu por engano um avião russo Il-20, que estava voltando para a base de Hmeymim.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, responsabiliza Israel pelo incidente e anunciou medidas para melhorar a segurança dos militares russos na Síria, incluindo a entrega de S-300.

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