EUA usam incidentes marítimos para provocar conflitos regionais, afirma analista

© AFP 2023 / SAM YEHAs ilhas Nansha (Spratly) no mar do Sul da China
As ilhas Nansha (Spratly) no mar do Sul da China - Sputnik Brasil
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O incidente envolvendo o navio de guerra chinês PRC Luyang e o destróier norte-americano Decatur no mar do Sul da China é mais uma provocação que os EUA estão organizando em diferentes regiões dos oceanos para fomentar conflitos regionais, conflitos que ameaçam se transformar em uma guerra global, afirma Mikhail Nenashev, capitão da Marinha russa.

Anteriormente, o porta-voz da Frota da Pacífico dos EUA, Charlie Brown, qualificou como "insegura" a aproximação do destróier chinês do navio de guerra norte-americano, que estava cumprindo a missão de "garantir a liberdade de navegação" perto das ilhas disputadas no mar do Sul da China. Em resposta, o Ministério da Defesa da China declarou que o destróier da Marinha dos EUA entrou nas águas perto das ilhas Spratly sem autorização, e que o navio chinês, de acordo com as leis e regulamentos, verificou o navio e avisou sobre a necessidade de abandonar a área.

"O incidente envolvendo os destroieres Luyang da China e o Decatur dos EUA é outra provocação das várias que os norte-americanos estão organizando em diferentes regiões dos oceanos para fomentar conflitos locais, que ameaçam se transformar em uma guerra global", disse Nenashev à Sputnik na terça-feira (2).

Segundo Nenashev, "os EUA estão provocando uma guerra no mar".

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"Eles ora falam sobre o bloqueio marítimo da Rússia, ora ignoram as propostas claras da China sobre negociações relativamente aos territórios disputados no mar do Sul da China", ressaltou. 

Diversas áreas no mar do Sul da China são disputadas pelos países vizinhos — China, Japão, Vietnã e Filipinas. Os navios norte-americanos, segundo os EUA, estão na região com a missão de "garantir a liberdade de navegação".

Washington acusa Pequim de construir ilhas artificiais e de, em resultado, expandir suas águas territoriais. O governo chinês não concorda com essas declarações e aponta para as tentativas dos EUA de escalar a situação na região da Ásia-Pacífico.

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