General iraniano adverte vizinhos árabes a não atravessarem 'linhas vermelhas'

© AFP 2023 / ATTA KENAREAgentes do Corpo de Guardiões da Revoluçao Islâmica durante a parada militar anual que marca aniversário do início de guerr com o Iraque de 1980-1988, Teerã, Irã, 2015
Agentes do Corpo de Guardiões da Revoluçao Islâmica durante a parada militar anual que marca aniversário do início de guerr com o Iraque de 1980-1988, Teerã, Irã, 2015 - Sputnik Brasil
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As tensões entre Teerã e seus vizinhos árabes aumentaram ainda mais nesta semana após funcionários iranianos terem acusado a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, assim como os EUA e Israel, de serem responsáveis pelo ataque mortífero durante a parada militar na cidade iraniana de Ahvaz, na semana passada.

Riad e Abu Dhabi foram alertadas pelo vice-chefe do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, general de brigada Hossein Salami, para não atravessarem as "linhas vermelhas" de Teerã.

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"Se vocês atravessarem nossas linhas vermelhas, certamente vamos atravessar as suas. Vocês sabem a tempestade que a nação iraniana é capaz de criar", disse Salami durante sua declaração, citada pela Reuters.

"Parem de criar conspirações e tensões. Vocês não são invencíveis. Vocês estão sentados em uma casa de vidro e não poderão aguentar a vingança da nação iraniana", adicionou.

Além disso, ele exigiu aos EUA que "parassem de apoiar os terroristas", avisando que Washington "pagaria o preço" se não fizesse isso.

As observações de Salami vêm na sequência de comentários do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, que acusou a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos de financiarem os autores do ataque terrorista em Ahvaz, ocorrido no dia 25 de setembro, que matou pelo menos 25 pessoas e feriu mais de 60.

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Khamenei descreveu os ataques como "uma continuação das conspirações dos Estados regionais que são fantoches dos Estados Unidos", acrescentando que o objetivo de tal terrorismo era "criar insegurança no país".

Foram mortos os cinco atiradores que abriram fogo contra militares e espectadores civis durante o desfile dedicado ao aniversário da guerra entre o Irã e o Iraque, além de 22 pessoas envolvidas no ataque terem sido identificadas e detidas pela inteligência iraniana. O Movimento Democrático Árabe Patriótico e o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países) reivindicaram a responsabilidade pelo ataque.

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