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Ex-mulher de Bolsonaro pediu asilo político após dizer que político a ameaçou de morte

© Foto / Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilJair Bolsonaro
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A ex-mulher de Jair Bolsonaro (PSL), Ana Cristina Valle, deixou o Brasil em 2011 porque supostamente foi ameaçada de morte pelo candidato à Presidência e comunicou o fato ao Itamaraty.

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A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, que teve acesso ao telegrama endereçado ao Itamaraty e o conteúdo foi confirmado aos repórteres por duas fontes e pelo então embaixador Carlos Henrique Cardim, que assina os textos.

"A senhora Ana Cristina Siqueira Valle disse ter deixado o Brasil há dois anos [em 2009] ‘por ter sido ameaçada de morte' pelo pai do menor [Bolsonaro]. Aduziu ela que tal acusação poderia motivar pedido de asilo político neste país [Noruega]", diz o telegrama.

Em outro trecho do documento, Ana Cristina disse considerar que, ao procurá-la, o vice-consulado do Brasil na Noruega "estava agindo em nome do deputado federal Jair Bolsonaro".

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Ana Cristina já foi servidora da Câmara Municipal de Resende, no Rio de Janeiro, mas hoje usa o sobrenome "Bolsonaro" em sua candidatura para deputada federal pelo Podemos. Segundo a matéria da Folha, Ana Cristina considera "superado" o episódio que a levou a se mudar para a Noruega.

Na época em que as ameaças foram denunciadas ao Itamaraty, Bolsonaro e Ana Cristina travavam uma disputa judicial no Rio de Janeiro sobre a guarda do filho do casal, então com cerca de 12 anos.

Bolsonaro procurou o Itamaraty para que o órgão intercedesse em seu favor depois que Ana Cristina viajou para a Noruega com o filho do casal. Carlos Henrique Cardim disse que foi procurado pelo vice-cônsul brasileiro na Noruega sobre o assunto.

​"Foi explicada a ela a legislação do Brasil, da Noruega. E aí ela mencionou para o vice-cônsul que estava pensando em pedir asilo. E que teria dito ao vice-cônsul que sofreu uma ameaça de morte do deputado Bolsonaro. E o vice-cônsul me transmitiu isso", descreveu o ex-embaixador.

Em sua conta no Twitter, o jornalista Rubens Valente, um dos autores da matéria, publicou o trecho do telegrama em que consta a informação de que Ana Cristina alegou ter sido ameaçada de morte por Bolsonaro.

Ana Cristina disse que "não falou com nenhum cônsul ou vice". Questionada se houve ameaças de morte de Bolsonaro contra ela por volta de 2009, ela respondeu que havia conversado com seu marido norueguês e ele "falou que não disse nada disso". "Acho que vocês estão pegando pesado falando isso", escreveu Ana Cristina.

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