Mídia britânica afirma que Londres não chegou a enviar submarinos para atacar Síria

© AFP 2023 / Andy BuchananSubmarino nuclear britânico (foto de arquivo)
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O Reino Unido não chegou a enviar seus submarinos ao mar Mediterrâneo em abril para atacar as forças governamentais sírias em resposta ao suposto ataque químico, escreveu o jornal britânico Daily Mail, citando uma fonte no Ministério do Interior.

A edição sublinha que, no início este ano, a primeira-ministra ordenou lançar ataques à Síria para punir o regime de Assad pelo alegado uso de armas químicas, e em breve a mídia britânica divulgou informações de que os submarinos armados com mísseis de cruzeiro já estariam a caminho ao mar Mediterrâneo.

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Porém, sublinha o jornal, na verdade Londres não enviou nenhum submarino. O artigo do Daily Mail afirma que as Forças Armadas do país simplesmente não tinham os recursos necessários para os enviar à costa síria devido ao estado lamentável dos meios de que dispõem.

A edição aponta que os cortes de despesas militares durante anos fizeram com que as Forças Armadas do país mal consigam cumprir suas tarefas rotineiras da OTAN "sem falar na preparação para possíveis novas ameaças sérias".

Após o fim da Guerra Fria o exército do país tinha mais de 160 mil soldados, mas, com a reforma de 2010 durante o governo de David Cameron, este número foi duas vezes reduzido.

Além disso, afirma o jornal, as autoridades britânicas atuais planejam diminuir o número de militares para 50 mil homens Assim, opina, o exército britânico, "que antes era temido e respeitado por todo o mundo", ficará duas vezes menor do que os da Itália, Alemanha e Espanha.

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Como exemplo, a edição cita uma "pequena mas feroz" unidade das forças britânicas de 800 soldados e 10 tanques Challenger, deslocada em uma base na Estônia "como uma parte crucial da defesa da OTAN contra a Rússia".

O jornal também destaca o mau funcionamento do material bélico britânico: em 2017, 21 dos 67 bombardeiros Tornado e 43 dos 135 caças Eurofighter Typhoon estavam em péssimo estado.

Se o país não quer perder sua influência no palco internacional, concluiu o Daily Mail, precisa de aumentar as despesas militares e parar de economizar com o exército.

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