Departamento de Estado dos EUA cancela vistos da família de embaixador palestino

© REUTERS / Juan MedinaUm refugiado palestino segura a bandeira da Palestina durante um protesto em Madri, Espanha (arquivo)
Um refugiado palestino segura a bandeira da Palestina durante um protesto em Madri, Espanha (arquivo) - Sputnik Brasil
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A esposa e os filhos do embaixador da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Husam Zomlot, devem mudar seu status de imigrante ou arriscarem se tornar "indesejados" nos Estados Unidos após o fechamento do escritório da organização em Washington DC no próximo mês.

Os EUA revogaram vistos para a família do embaixador da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Husam Zomlot, disse o enviado em um comunicado no domingo.

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A declaração ocorre no momento em que os EUA resolveram fechar o escritório da Organização em Washington, em meio à rápida deterioração das relações entre o governo Trump e a liderança palestina.

"Como se o anúncio de que os EUA fechariam nosso escritório em Washington, DC não fosse suficiente, essa ação vingativa do governo Trump é rancorosa", comentou Hanan Ashrawi, membro do comitê executivo da OLP, em um comunicado. "Os EUA tentam pressionar e chantagear os palestinos a um novo nível".

De acordo com o embaixador Zomlot, o Departamento de Estado dos EUA solicitou uma reunião com funcionários da embaixada e informou que os vistos de família do embaixador expirariam depois que o escritório fosse fechado no próximo mês. As autoridades disseram que, caso os membros da família decidam permanecer no país, precisariam mudar seu status de imigração. Os vistos estão programados para expirar em 2020.

"Isso vai contra as normas diplomáticas. Crianças, cônjuges e família não têm nada a ver com disputas políticas", acrescentou Zomlot, segundo a Reuters.

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O Departamento de Estado dos EUA anunciou o fechamento do escritório da OLP no último dia 10 de setembro. À época, o governo anunciou a medida por meio de um comunicado assinado pela porta-voz do Departamento, Heather Nauert.

O secretário-geral da OLP, Saeb Erekat, condenou a medida, chamando-a de "escalada perigosa que demonstra a prontidão dos Estados Unidos em desmantelar o sistema internacional para defender os crimes israelenses".

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