Trump corta ajuda de US$ 25 milhões para hospitais que atendem palestinos em Jerusalém

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Jerusalém - Sputnik Brasil
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O presidente Donald Trump ordenou que um repasse de US$ 25 milhões destinados aos cuidados dos palestinos em hospitais de Jerusalém Oriental sejam direcionados a outros lugares como parte de uma revisão da ajuda americana, disse neste sábado uma autoridade do Departamento de Estado dos EUA.

Trump pediu uma revisão da assistência dos EUA aos palestinos no início deste ano para garantir que os fundos sejam gastos de acordo com os interesses nacionais dos EUA e estejam fornecendo valor aos contribuintes.

"Como resultado dessa análise, sob a direção do presidente, estaremos redirecionando aproximadamente US$ 25 milhões originalmente planejados para a rede de hospitais de Jerusalém Oriental", declarou a autoridade do Departamento de Estado. "Esses fundos irão para projetos de alta prioridade em outros lugares".

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O corte de ajuda é o mais recente em uma série de ações do governo Trump que alienou os palestinos, incluindo o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel e a transferência da embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém.

Esse movimento foi uma reversão da política de longa data dos EUA e levou a liderança palestina a boicotar os esforços de paz de Washington liderados por Jared Kushner, conselheiro sênior e genro de Trump.

No mês passado, o governo Trump disse que redirecionaria US$ 200 milhões em fundos de apoio econômico palestino para programas na Cisjordânia e em Gaza, em meio à deterioração do relacionamento com a liderança palestina.

E no final de agosto, o governo Trump suspendeu todo o financiamento para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), uma decisão que aumentou ainda mais as tensões com a liderança palestina.

Os refugiados palestinos reagiram com consternação às verbas do financiamento, alertando que isso levaria a mais pobreza, raiva e instabilidade no Oriente Médio.

Um comunicado do Ministério de Relações Exteriores palestino disse que o último corte de ajuda foi parte de uma tentativa dos EUA de "liquidar a causa palestina" e disse que ameaçaria a vida de milhares de palestinos e a subsistência de milhares de funcionários de hospitais.

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"Essa escalada americana perigosa e injustificada cruzou todas as linhas vermelhas e é considerada uma agressão direta contra o povo palestino", afirmou.

Washington disse que a UNRWA precisa fazer reformas não especificadas e pediu aos palestinos que renovem as negociações de paz com Israel.

A última rodada de negociações de paz palestino-israelenses, patrocinada pelos EUA, desmoronou em 2014 e uma tentativa do governo Trump de recomeçá-las mostrou poucos sinais de progresso.

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