EUA e aliados fortalecem posições na região do Pacífico

CC BY 2.0 / Departamento de Defesa dos EUA / Porta-aviões da classe Nimitz USS Ronald Reagan durante exercícios navais no Pacífico (foto de arquivo)
Porta-aviões da classe Nimitz USS Ronald Reagan durante exercícios navais no Pacífico (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Os Estados Unidos e seus parceiros estão intensificando a cooperação com os Estados ilhéus do Pacífico. Será que tal interesse dos EUA é algo casual ou faz parte da estratégia de contenção da China?

Segundo opina um especialista chinês, todas essas ações fazem parte de um plano bem elaborado dos países ocidentais.

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Neste contexto, os EUA anunciaram que vão aumentar seu pessoal diplomático em Palau, nos Estados Federados da Micronésia e na República das Fiji ao longo dos próximos dois anos, até 2020.

Os países europeus farão o mesmo. Em particular, a Áustria também abrirá em breve uma representação em Tuvalu. Seu exemplo está sendo seguido pelo Reino Unido e a França.

Somam-se a isso os exercícios militares nas costas australianas, que incluirão Paris, Tóquio, Washington, Papua Nova Guiné, República das Fiji e o Reino de Tonga. O que a China tem a ver com tudo isso?

Esse e outros assuntos foram comentados pelo diretor do Centro de Segurança Regional da Academia de Ciências Sociais de China, Yang Danzhi, em entrevista à Sputnik China

"Os países ilhéus da região do Pacífico têm grande importância estratégica e muitos recursos naturais marinhos. É natural que os países ocidentais prestem atenção a isso", afirmou Yang Danzhi.

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"Além disso, nos últimos anos a China realmente investido de forma ativa nesses países, foram avançadas iniciativas especiais de diálogo. Enquanto os países desenvolvidos não prestavam grande atenção aos países da Oceania, a China estava desenvolvendo laços com eles", indicou.

Entretanto, o especialista acrescentou que, anteriormente, era o Japão que fazia maior concorrência ao gigante asiático nessa área.

Atualmente, a Austrália e os países ocidentais também participam dessa corrida pela influência na região do Pacífico, explica o especialista chinês, acrescentando que sua presença política, diplomática, militar e econômica é cada vez mais evidente.

A Austrália, em seu papel de potência naval, considera estar ligada à Oceania e ao Sudeste Asiático e quer ampliar sua influência na região.

Por sua vez, a China também tem seus próprios interesses em manter a influência sobre esses países.

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A longa lista de Estados oceânicos é igualmente importante para Pequim porque estes mantêm relações diplomáticas com Taiwan — ilha reconhecida como nação soberana apenas por 17 países, principalmente pequenos países; os outros consideram Taiwan parte da China, mas também mantêm relações oficiais não-diplomáticas com Taipé — e isso irrita o gigante asiático. São eles Kiribati, as Ilhas Marshall, a República de Nauru, Palau, as Ilhas Salomão e Tuvalu.

E é precisamente agora que a luta diplomática entre a China e Taiwan se intensificou. Portanto, o objetivo dos EUA é enervar a China, conclui Danzhi.

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