China é acusada de negar acesso dos EUA a amostras de vírus mortal

© AP Photo / Kin CheungTrabalhador da saúde usando equipamento de proteção coloca um frango no lixo após abater as galinhas usando dióxido de carbono em um mercado de aves em Hong Kong (China), 31 de dezembro de 2014
Trabalhador da saúde usando equipamento de proteção coloca um frango no lixo após abater as galinhas usando dióxido de carbono em um mercado de aves em Hong Kong (China), 31 de dezembro de 2014 - Sputnik Brasil
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Apesar dos vários pedidos oficiais, nenhuma amostra do vírus influenza H7N9 aviário, por mais de um ano, não foi fornecida aos Estados Unidos e à Organização Mundial de Saúde (OMS), relatou o jornal The New York Times.

Consultados pelo jornal, pesquisadores disseram que as amostras são necessárias para desenvolver vacinas e tratamentos contra o vírus que apareceu pela primeira vez em 2013 infectando pessoas e animais.

"Comprometer o acesso dos EUA aos agentes patogênicos externos e seus tratamentos para combatê-los prejudica a capacidade de nossa nação de se proteger de infecções que podem se espalhar globalmente em questão de dias", disse o médico Michael Callahan do centro universitário de Harvard, em Massachusetts (EUA).

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De acordo com o artigo americano, o tipo de gripe aviária já causou uma mortalidade com taxa de 40%, deixando os infectados gravemente doentes. A maioria dos casos de contágio foi registrada naqueles que estiveram em contato com aves de capoeira ou visitaram aviários.

Entre 2016 e 2017, a China experimentou um surto de infecção humana com o H7N9, resultando em um total de 766 casos registrados. Após este recente surto, epidemiologistas dos EUA mostraram interesse em estudar a evolução do vírus, mas encontraram obstáculos no caminho.

"Como esse vírus é uma ameaça potencial à humanidade, não compartilhá-lo imediatamente com a rede global de laboratórios da OMS, como os centros de controle e prevenção de desastres, é ultrajante", disse Andrew Weber, ex-subsecretário de Defesa da administração do governo Obama, onde supervisionou as questões nucleares, químicas e biológicas.

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"Muitos podem morrer desnecessariamente se a China rejeitar o acesso internacional às amostras", acrescentou.

Inicialmente as autoridades chinesas forneceram dados sobre o vírus mortal, mas a comunicação entre os analistas foi se piorando com o tempo. Pequim rejeita o compartilhamento de informações sobre pacientes afetados pela gripe aviária, enquanto a mídia que denunciou o caso não apresentou nenhum fundamento para a atitude chinesa.

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