Mídia: Comey mentiu sobre a investigação de e-mails de Clinton encontrados em laptop

© AP Photo / Jefferson Siegel/The Daily NewsAnthony Weiner, à direita, e Huma Abedin aparecem em tribunal.
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O ex-diretor do FBI James Comey não investigou todos os e-mails da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, revela um portal de investigação.

A RealClearInvestigations descobriu que o laptop de Weiner, que continha cerca de 694 mil e-mails relacionados ao mau uso de informações confidenciais por Clinton, não foi investigado completamente — apesar de ter sido considerado importante o bastante para Comey reabrir o inquérito no FBI, algo considerado decisivo na derrota da democrata.

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Apenas 3.077 desses e-mails foram examinados por investigadores forenses do FBI, o que representa cerca de 0,4%. O conteúdo do correio eletrônico supostamente ficou sob escrutínio no final de outubro de 2016, quando foi descoberto que o assessor sênior de Clinton, Huma Abedin, que é casado com Weiner, havia trocado e-mails com a secretária de Estado em seu computador. (Abedin e Anthony Weiner se separaram, mas retiraram sua petição de divórcio em janeiro de 2018, supostamente para resolver sua divisão em particular.)

Comey disse ao Departamento de Justiça que soube dos e-mails no laptop de Weiner no início de outubro de 2016, mas admitiu ser possível que ele soubesse disso desde setembro, quando procuradores em Nova York que investigavam aventuras sexuais de Weiner com menores de idade informaram ao FBI que haviam encontrado um grande cache de e-mails que podiam ser relevantes para a investigação da agência sobre o uso de um servidor privado por Clinton.

Embora reconhecendo que divulgar os e-mails de Clinton no laptop de Weiner em relação a Abedin "traria tempestade", a opção de não divulgar a notícia ao Congresso teria sido "catastrófica", disse Comey ao Departamento.

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Em 28 de outubro de 2016, a menos de duas semanas do dia da eleição, Comey informou aos escritórios de liderança do congresso norte-americano que novas evidências exigiram que o FBI voltasse a reavaliar a investigação sobre o manuseio descuidado de informações confidenciais por Clinton. 

Dois dias depois, em 30 de outubro, o FBI obteve um mandado de busca no laptop, de acordo com a página dois do relatório do Departamento. Segundo as fontes policiais da RealClearInvestigation, o FBI não levou os e-mails do laptop de Weiner tão a sério quanto Comey alegou ao falar com o inspetor-geral Michael Horowitz.

"Não houve uma investigação real e nenhuma busca real. Foi tudo apenas se mostrar, para fazer parecer que houve uma investigação antes da eleição", disse o Michael Biasello, um veterano de 25 anos do FBI.

Três funcionários do FBI concluíram a investigação do laptop em uma única sessão de 12 horas no dia 5 de novembro, de acordo com o RCI.

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