Analista explicou por que não existe guerra nuclear 'ocasional'

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O lançamento de qualquer míssil balístico intercontinental será considerado como o início de uma guerra nuclear, independentemente da ogiva que porta. Sendo assim, não pode acontecer que uma guerra nuclear comece por acaso, afirmou em entrevista à Sputnik o analista militar Igor Korotchenko.

Anteriormente, a edição norte-americana The National Interest publicou um artigo dedicado aos riscos do início de uma guerra nuclear. Conforme a edição, a guerra pode iniciar-se devido à impossibilidade de alguns sistemas de vigilância identificarem a arma usada em cada caso concreto, o que pode levar a um ataque nuclear errôneo em resposta ao lançamento de mísseis convencionais.

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"Pensa-se a priori que todos os mísseis balísticos intercontinentais portam ogivas nucleares, por isso não pode haver uma guerra nuclear ‘ocasional’. O próprio fato de haver um lançamento já é o início da guerra. Os EUA estão tentando promover a ideia de que parte dos mísseis balísticos pode portar ogivas convencionais, contudo, não podemos saber o que eles vão portar na verdade, por isso entende-se que os mísseis balísticos portam ogivas nucleares", explicou.

"Sendo assim, um ataque com um míssil balístico causa uma guerra nuclear, este é um algoritmo muito simples. Só não entendo de que ambiguidade se trata, ninguém fica esperando que ocorra uma explosão nuclear", acrescentou.

De acordo com ele, na Rússia e nos EUA operam sistemas de advertência nuclear, que consistem de escalões terrestres e espaciais. Os lançamentos de mísseis balísticos são localizados e as medidas retaliatórias são tomadas.

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"A localização ocorre sempre após o lançamento de um míssil balístico intercontinental, aqui todos os algoritmos funcionam perfeitamente. O risco de destruição mútua garantida impede que os EUA desencadeiem uma terceira guerra nuclear", assinalou Korotchenko.

Enquanto isso, o analista explicou que os EUA e a Rússia avisam um ao outro sobre o início de quaisquer testes envolvendo mísseis balísticos intercontinentais.

Anteriormente, o chefe do Comando Estratégico das Forças Armadas dos EUA, John Hyten, afirmou que os EUA devem se tornar a potência nuclear dominante e não deixar que seus adversários tenham capacidades nucleares comparáveis. Entre os principais rivais o titular indicou a Rússia e a China, que estão desenvolvendo ativamente suas capacidades nucleares e espaciais "para se oporem aos EUA". Entretanto, Hyten reconheceu que dessa forma os países respondem às ações dos EUA.

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