China pode provocar falta de smartfones no mundo todo

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Bandeira da China em frente a um prédio em Xangai - Sputnik Brasil
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A resposta da China às sanções dos Estados Unidos pode incluir altas tarifas sobre as importações de alta tecnologia dos EUA, incluindo equipamentos industriais, aviões, e etc. Isso, por sua vez, afetaria severamente o resto do mundo, alertou o The New York Times.

Há outra medida que pode ser igualmente dolorosa não apenas para a economia dos EUA, mas também para a indústria eletrônica global como um todo.

Metais de terras raras são indispensáveis ​​na produção de telas de smartphones, placas-mãe e outros eletrônicos de alta tecnologia. As ligas metálicas raras são usadas em uma ampla gama de aplicações, desde bicicletas a aviões de guerra, lasers e lâmpadas elétricas que economizam energia.

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A maioria desses metais é encontrada na China, onde 105.000 toneladas foram extraídas no ano passado, em comparação com apenas 20.000 toneladas escavadas na Austrália, que é o segundo maior produtor mundial de metais raros.

O Japão usa mais de 20 mil toneladas de metais raros por ano, quase tanto quanto os Estados Unidos e especialistas prevêem um aumento constante na demanda.

Mesmo que o Japão afirme ter encontrado enormes depósitos de metais raros sob o Oceano Pacífico, a produção ainda não começou, então o mundo continua dependente da China.

Até agora, os chineses ambientalmente conscientes têm sido cautelosos em aumentar sua produção de metais de terras raras e não têm usado suas enormes reservas desse recurso altamente valorizado como um meio de pressão sobre o resto do mundo, disse Chen Fengying, um especialista em relações econômicas internacionais no Instituto de Relações Internacionais da China à Sputnik.

"A China está conservando seus recursos minerais com a ajuda de restrições impostas à produção poluidora de metais raros. Quando a China introduziu cotas na exportação de metais raros em 2012, os EUA, a UE e o Japão apresentaram uma queixa à Organização Mundial do Comércio. Mesmo que a OMC tenha pressionado a China sobre a violação das leis de comércio internacional, a organização ainda reconhece a necessidade das medidas de proteção da natureza usadas por Pequim", disse ele.

A propósito, os EUA não foram cuidadosos o suficiente para colocar metais raros em sua última lista de US $ 200 bilhões em mercadorias chinesas que estarão sujeitas a 25% de tarifas de importação.

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A maioria dos especialistas concorda que, ao fazer isso, Washington deu um tiro no pé, porque os consumidores americanos comuns serão os primeiros a sentir a pressão de aumentar os preços dos smartphones e de outros aparelhos eletrônicos que contam com metais raros.

Já a China, que produziu quase 80% da produção global de metais raros, dificilmente sofrerá com as tarifas dos EUA.

Enquanto isso, as gigantes tecnológicas globais estão temendo as consequências que a possível decisão da China de limitar a exportação de metais raros podere ter em suas linhas de fornecimento de materiais usados ​​na produção de smartphones.

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